Notícia

Vitamina D pode melhorar memória mas comprometer tempo de reação em mulheres pós-menopausa

Fonte

Universidade Rutgers

Data

segunda-feira, 18 março 2019 11:10

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional. Saúde Pública

Um estudo conduzido pela Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, descobriu que mulheres com mais e 50 anos e com sobrepeso ou obesas que ingeriram cerca de três vezes a dose diária recomendada de vitamina D apresentaram melhoras na memória e no aprendizado – mas também tiveram tempos de reação mais lentos. Os pesquisadores acreditam que o tempo de reação mais lento pode aumentar o risco de quedas entre idosos.   Os resultados do estudo foram publicados na revista cientifica The Journals of Gerontology: Série A.

Os pesquisadores avaliaram três grupos de mulheres entre 50 e 70 anos de idade em um estudo clínico controlado e randomizado. Um grupo tomou a dose diária recomendada de 600 unidades internacionais (UI), equivalente a 15 microgramas, de vitamina D durante um ano. Outro grupo tomou 2.000 UI por dia e o terceiro grupo tomou 4.000 UI, sempre durante um ano. Todas as mulheres participaram de aconselhamento sobre estilo de vida e foram encorajadas a perder peso.

Os pesquisadores descobriram que a memória e a aprendizagem melhoraram no grupo que tomou 2.000 UI  por dia de Vitamina D, mas não no grupo que tomou a dose mais alta. Enquanto isso, o tempo de reação das mulheres mostrou uma tendência a ser mais lento no grupo que ingeriu 2.000 UI por dia e foi significativamente mais lento na dosagem mais alta.

“O tempo de reação mais lento pode ter outros resultados negativos, como potencialmente aumentar o risco de quedas e fraturas”, disse a pesquisadora Dra Sue Shapses,  da Universidade Rutgers. “Isso é possível, uma vez que outros pesquisadores descobriram que a suplementação de vitamina D em cerca de 2.000 UI diariamente aumentava o risco de quedas, mas eles não entenderam a causa. As descobertas de nossa equipe, indicando um tempo de reação mais lento, podem ser uma resposta. Muitas pessoas pensam que mais suplementação de vitamina D é melhor, mas este estudo mostra que nem sempre é o caso ”.

A Dra. Shapses disse que 4.000 UI por dia pode não ser um problema para pessoas mais jovens, mas para os idosos pode comprometer a caminhada ou o equilíbrio porque o tempo de reação é mais lento.

A vitamina D, conhecida por sua importância para a saúde óssea, pode ser obtida pela exposição ao sol ou em alguns alimentos. O comprometimento cognitivo e a demência são problemas significativos de saúde pública, especialmente com o envelhecimento, observa o estudo. Evidências mostram que a vitamina D desempenha um papel na cognição e no funcionamento normal do sistema nervoso central.

Mais pesquisas são necessárias para determinar se o tempo de reação está relacionado às taxas de quedas e lesões em populações de risco. Por exemplo, precisam ser estudadas diferentes doses de suplementação de vitamina D e de fontes alimentares em homens e mulheres de diferentes idades, e em pessoas de diferentes raças por um longo período.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Rutgers (em inglês).

Fonte: Todd B. Bates, Universidade Rutgers. Imagem: Pixabay.

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