Produção Consciente

Projeto Adubo Sustentável ajuda a diminuir o desperdício de alimentos

A compostagem é a melhor forma de se aproveitar o lixo orgânico na cadeia produtiva de alimentos

Pixabay

Fonte

Alimentação em Foco – Fundação Cargill

Data

31 agosto 2018

Áreas

Nutrição Coletividades, Agricultura

Separar os resíduos orgânicos e transformá-los em adubo, seja em casa, nos restaurantes, refeitórios, nas centrais de abastecimento, na indústria alimentícia, ou onde quer que seja, é uma prática que ganha mais e mais adeptos a cada dia, porque aqueles que se preocupam com a sustentabilidade do planeta já entenderam a contribuição que ações como essa desempenham na preservação do meio ambiente.

A compostagem, uma técnica cada vez mais utilizada, é a melhor forma de se aproveitar o lixo orgânico na cadeia produtiva de alimentos, pois ela dá origem a um adubo sustentável, natural, de qualidade, barato, e ambientalmente correto.

Mas como funciona esse processo?

Compostagem: sempre uma boa opção

Realizar a compostagem é um modo de reduzir o desperdício de alimentos, dando um melhor destino àquilo que seria descartado. Morando num pequeno apartamento ou tendo um terreno enorme à disposição, fabricar o próprio adubo ajuda a diminuir o desperdício, além de contribuir para diminuir a quantidade de lixo orgânico que vai para aterros e que dá origem a gases que poluem a atmosfera.

O manual publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2017 explica que compostagem é o processo de degradação controlada de resíduos orgânicos com a presença de oxigênio, no qual se procura reproduzir algumas condições ideais também de umidade e de nutrientes que permitam que essa degradação ocorra de forma segura. Assim se favorece a atuação de uma grande diversidade de macro e micro-organismos (bactérias, fungos) que contribuem para a transformação dos resíduos, tendo como resultado final o chamado “composto orgânico”.

É um método simples e seguro, que dá origem a um adubo pronto para ser utilizado nos cultivos de plantas e que pode ser realizado tanto em pequena escala (doméstica) – nos vasos do seu jardim, por exemplo – quanto em média (comunitária, institucional) ou em grande escala (municipal, industrial).

A importância da separação correta dos resíduos

Separar adequadamente os resíduos já na fonte é o primeiro passo para se obter um adubo orgânico de boa qualidade, pois o sucesso da compostagem depende da qualidade dos resíduos utilizados.

Os resíduos recicláveis devem ser separados em secos (papel, plástico, metal, vidro, etc.) e úmidos (resíduos orgânicos). Somente os rejeitos que não podem ser tratados, tais como, papel higiênico, fraldas e absorventes íntimos descartáveis, devem ir para os aterros sanitários.

Já nos habituamos a separar o lixo orgânico, os materiais recicláveis secos e os rejeitos. Devemos, porém, dedicar uma atenção especial aos resíduos orgânicos, pois no momento em ele é gerado, ele não deverá ser misturado a outros resíduos, para se evitar a contaminação do futuro composto com metais pesados, vidro ou outros materiais indesejáveis para o solo.

O que pode se transformar em um adubo de qualidade e sustentável? Frutas, legumes, verduras, grãos e sementes, cascas de ovos, borra e filtro de café, sachês de chás.

E atenção! Não são todos os restos de alimentos que se prestam à compostagem: carnes, peixes, limão, laticínios e gorduras devem ser evitados, pois além de produzirem forte odor, também têm componentes inadequados para o processo.

Como se prepara o adubo sustentável

Na chamada compostagem residencial ou individual, sugere-se separar um recipiente pequeno, como um pote de sorvete ou baldinho com tampa, próximo à pia da cozinha, e um balde ou pote maior, de 20 litros, por exemplo, fora da casa.

Assim, quando o recipiente menor estiver completo, seu conteúdo é despejado no recipiente maior que, quando preenchido, deve ser colocado na composteira domiciliar (que pode ser adquirida nas lojas do ramo) ou, se houver espaço em seu jardim, deve ser levado a uma área de terreno especialmente preparada para receber este material, conhecida como leira.

Depois de acondicionado, o material deve ser remexido diariamente para proporcionar ventilação. E minhocas também são bastante úteis para esse processo de aeração do composto. Além disso, é importante que seja mantido em um local sem acúmulo intenso de água.

O tempo para o fertilizante ficar pronto pode variar de acordo com o tamanho do material. Se os resíduos forem pequenos, o tempo será menor. Uma solução para quem possui muito lixo é triturar os alimentos.

Além da compostagem caseira, hoje são várias as iniciativas de compostagem coletiva ou comunitária, utilizada em condomínios de casas ou prédios, em um bairro, vila ou comunidade; e é também cada vez mais difundida a compostagem institucional ou empresarial, em que uma entidade pública ou privada (como escolas, centros de saúde, universidades, empresas, restaurantes, indústrias, entre outras) opta por operar um pátio de compostagem, para onde destina a fração orgânica dos resíduos gerados por suas atividades.

Tanto no manual produzido pelo Ministério do Meio Ambiente, como no site do projeto Composta São Paulo, uma ação do programa da Prefeitura Municipal, o SP Recicla, é possível encontrar orientação detalhada sobre esses processos. A Embrapa também realiza cursos regulares para profissionais que trabalham ou pretendem trabalhar com compostagem.

Várias experiências já acontecem no Brasil em universidades, escolas, creches, centros comunitários, supermercados e outras instituições que desejam destinar adequadamente seus resíduos orgânicos.

Uma iniciativa de agricultores que também conhecem a importância de transformar resíduos orgânicos em adubo sustentável

Comprovando, na prática, que transformar resíduos orgânicos em adubo sustentável se confirma como uma alternativa bastante econômica, além de ser favorável para o meio ambiente, uma ação que beneficia 209 famílias de agricultores que vivem do cultivo de frutas como acerola, manga, cupuaçu, banana prata, banana da terra e cacau vem se consolidando na cidade de Floresta Azul, no sul da Bahia.

Desenvolvida pela Associação dos Pequenos Produtores do Vale do Limoeiro e Adjacências e contemplada pelo Edital 2017 da Fundação Cargill, o objetivo da foi de oferecer um destino mais nobre para alguns resíduos orgânicos gerados pela operação da fábrica de Ilhéus, reduzir os impactos ambientais, melhorar a produtividade e lucratividade dos produtores rurais  e proporcionar uma alimentação ainda mais saudável para nossas comunidades.

Acesse a notícia completa na página da Alimentação em Foco – Fundação Cargill

Fonte: Alimentação em Foco – Fundação Cargill. Imagem: Pixabay.

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