Notícia

Chia, semente asteca começa a ganhar espaço nas pesquisas e nos campos sul-mato-grossenses

Com alta concentração de nutrientes, a chia é planta de cultivo de inverno

Pixabay, Wikimedia Commons

Fonte

UFMS | Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Data

quarta-feira, 6 fevereiro 2019 10:40

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia

Com alta concentração de nutrientes, a pequena semente asteca chia (Salvia hispanica), de aproximadamente 2mm de diâmetro, começa a ganhar espaço nas pesquisas e nos campos sul-mato-grossenses, que usualmente recebem milhares de hectares de soja e milho, como planta de cultivo de inverno.

Semente nativa do México e da Guatemala, já cultivada comercialmente também em outros países como Argentina, Bolívia, Equador, Peru, Colômbia e até Austrália, no Brasil a pequena pérola acinzentada (com algumas variações de cor) já assume alguns hectares, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul. No Mato Grosso do Sul, o plantio ainda é incipiente mas já ganha corpo em cidades como Camapuã e Bandeirantes.

Além das pesquisas de culturas tradicionais da região, como soja e milho, pesquisadores do Campus de Chapadão do Sul (CPCS) assumem interesse pela semente amplamente utilizada há séculos pelos astecas, que as ofereciam aos deuses durante cerimônias religiosas. Com a coordenação da professora do Programa de Pós-graduação em Agronomia Dra. Charline Zaratin Alves, as pesquisas crescem quanto à produção e tecnologia de sementes. O trabalho de pesquisa iniciou-se entre os anos de 2015/2016 com a procura dos pesquisadores do CPCS por um produtor da região de Chapadão do Sul que se aventurou no plantio da semente.

“A chia é uma planta de cultivo de inverno, planta de cobertura de entressafra, para não deixar o solo descoberto. E uma cultura bastante promissora, mais rústica. Seu sistema radicular aguenta bem mais em uma situação de falta de água, por exemplo”, explica a professora.

No PPGs, os pesquisadores realizam teste de germinação, de vigor, de substrato, ambiente de armazenamento, temperatura, embalagens. “Com a melhor seleção das sementes acabamos por possibilitar resultados como maior produtividade”, afirma a Dra. Charline. Para a pesquisadora, é preciso haver crescimento do número de pesquisas relacionadas à chia, em especial voltadas ao campo, como manejo do solo, adubação, pragas e doenças.

Pesquisa

“Testes de vigor para avaliar a qualidade fisiológica de sementes de chia” foi a dissertação de mestrado da agrônoma Fernanda Brito Cardoso que realizou, com cinco lotes de sementes de chia, avaliações sobre germinação, variações de condutividade elétrica, envelhecimento acelerado, entre outros.

Acesse a notícia completa na página da UFMS.

Fonte: Paula Pimenta, UFMS. Imagem: Pixabay, Wikimedia Commons.

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