Notícia
Cafeína pode reduzir fadiga mental e melhorar desempenho de ciclistas
Estudo foi desenvolvido no programa de mestrado em Ciências da Atividade Física da EACH-USP
Pixabay
Fonte
EACH-USP | Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Data
quinta-feira, 18 outubro 2018 17:45
Áreas
Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional
Um estudo realizado no mestrado em Ciências da Atividade Física da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP) indica que a cafeína é capaz de atenuar e reverter a sensação de fadiga mental e ainda melhorar o desempenho de atletas de ciclismo. Atualmente o cansaço mental não está presente apenas na vida de pessoas com rotina agitada por diversas atividades, mas também faz parte do dia a dia de atletas.
Segundo a pesquisa do aluno Paulo Estevão Franco Alvarenga, os atletas com fadiga mental acabam perdendo desempenho e possuem aumento na percepção de esforço para a mesma intensidade de exercício, sem nenhuma alteração fisiológica na musculatura. Dessa forma, surgiu o interesse de estudar possíveis manipulações que revertam os efeitos da fadiga mental sobre o desempenho de ciclistas.
Iniciado em 2016, o projeto de mestrado Efeitos da ingestão de cafeína sobre o desempenho de ciclistas mentalmente fadigados durante um teste de ciclismo contrarrelógio de 20km mostrou que “a cafeína é um recurso ergogênico com efeito potencial para reverter os efeitos da fadiga mental sobre o desempenho”, afirma Paulo Estevão, o qual recebeu orientação do professor Dr. Flávio de Oliveria Pires durante a pesquisa. Esse trabalho integra o Grupo de Estudos em Psicofisiologia do Exercício (GEPsE) da EACH.
Previamente selecionados, os ciclistas foram ao Laboratório de Ciências da Atividade Física por quatros vezes e se submeteram ao teste de contrarrelógio de 20km, análise cortical e muscular. Havia uma amostra de ciclistas livre de qualquer manipulação, outra amostra sob o efeito de fadiga mental e nas seguintes os indivíduos mentalmente fadigados faziam a ingestão de cafeína ou placebo.
De acordo com o estudo, os ciclistas mentalmente fadigados apresentaram uma redução de 4.8% na ativação do córtex pré-frontal e consequentemente aumentaram o tempo para concluir o contrarrelógio em aproximadamente 1%. No entanto, ao ingerir cafeína, mesmo após a indução da fadiga mental, houve um aumento na ativação do córtex pré-frontal em aproximadamente 8% e redução no tempo de conclusão do teste em 1.8%. “Portanto, os sujeitos ao ingerir cafeína perceberam menos esforço comparados com as demais condições. Além disso, com a ingestão de cafeína, eles apresentaram uma maior eficiência neuromuscular”, destaca Paulo.
Acesse a notícia completa na página da EACH-USP.
Fonte: Assessoria de Imprensa da EACH-USP. Imagem: Pixabay.
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