Notícia
Uveíte autoimune pode estar ligada a baixos níveis de vitamina D
Pacientes avaliados, 85% tinham níveis significativamente mais baixos de vitamina D, e pacientes com uveíte ativa tinham níveis da 25(OH)D mais baixos do que pacientes com uveíte inativa
Freepik com adaptação
Fonte
Unifesp | Universidade Federal de São Paulo
Data
quinta-feira, 20 abril 2023 10:55
Áreas
Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública
Estudo liderado por pesquisadoras do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), em São Paulo, correlacionou um tipo de inflamação ocular, a uveíte autoimune (UAI), com baixos níveis de vitamina D (25-hidroxivitamina D). O estudo foi publicado na revista científica Ocular Immunology and Inflammation.
Intitulado ‘Níveis séricos de vitamina D como biomarcadores em pacientes com uveíte autoimune e sua possível correlação com a atividade da doença’, o estudo investigou a correlação entre os níveis séricos (presentes no sangue) de 25-hidroxivitamina D [25(OH)D] e a inflamação intraocular em 67 pacientes com uveíte autoimune ativa e inativa.
Dos(as) pacientes avaliados(as), 85% tinham níveis significativamente mais baixos de vitamina D, e os(as) pacientes com uveíte ativa tinham níveis da 25(OH)D mais baixos do que aqueles(as) com uveíte inativa. As chances de desenvolver uveíte ativa diminuíram em 6% a cada aumento de 1 unidade em 25(OH)D. “Pacientes com essa doença inflamatória ativa recorrente apresentaram níveis no sangue de 25(OH)D significativamente mais baixos do que formas inativas, indicando que baixos níveis de vitamina D podem alterar o curso clínico da inflamação intraocular na uveíte autoimune”, explicou a Dra. Cristina Muccioli, professora associada livre-docente do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da EPM/Unifesp.
Além disso, o estudo descobriu junto ao grupo de pessoas pesquisadas que um Índice de Massa Corpórea (IMC) médio mais alto aumentou as chances de o indivíduo ter uveíte ativa em 14%. “Esses resultados sugerem que a concentração sérica de vitamina D pode ser um biomarcador clínico prognóstico na uveíte autoimune”, complementa a pesquisadora que desenvolveu o estudo, Karine Koller, umas das autoras do artigo publicado e pós-graduanda também ligada ao mesmo departamento da EPM/Unifesp.
A UAI é uma doença autoimune caracterizada por inflamação e subsequente destruição da retina neural e tecidos adjacentes. Ela pode levar a diferentes sintomas oculares dependendo do local afetado. Nas uveítes leves e da parte anterior do olho, é comum o paciente ter queixa de fotofobia (quando a luminosidade incomoda), olho vermelho, irritação ocular, moscas na visão e ainda embaçamento visual leve.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia na página da Unifesp.
Fonte: Alexandre Milanetti, Unifesp. Imagem: Freepik com adaptação.
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