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Uso do gás ozônio na conservação de grãos e sementes

Divulgação

Fonte

Confap | Conselho Nacional da Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa

Data

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Ciência e Tecnologia de Alimentos

Uma das principais preocupações da sociedade, atualmente, é com a saúde. E a qualidade dos alimentos é um dos aspectos que mais tem recebido atenção, dentro desse contexto. Com o objetivo de contribuir para dar mais segurança a uma relevante etapa na produção de alimentos, que é o armazenamento, a empresa RA de Oliveira Barros, pertencente ao Grupo Superzon, desenvolveu um projeto para adaptar o uso do gás ozônio na conservação de grãos e sementes no Ceará.

Usando um processo baseado na chamada Tecnologia do Ozônio – transformação do oxigênio da atmosfera, que se apresenta com duas moléculas (O2), no gás ozônio, de três moléculas (O3)

Segundo Francisco de Assis Ferreira Lima engenheiro químico da RA, no mercado brasileiro, atualmente, a exterminação de pragas ou insetos em grãos é feita com a fosfina, um gás inseticida, e alguns outros componentes químicos  formulados e sintetizados. Ele explica que também existem produtos naturais, as chamadas “terras diatomáceas”. Mas todos esses produtos, sintéticos ou naturais, deixam resíduos indesejáveis na forma de contaminantes. “Apesar de eficazes para a proteção, eles  podem ser prejudiciais para o consumo humano e de animais”, afirma Assis.

Já o uso de ozônio no tratamento e no armazenamento de grãos acontece em outros países, principalmente nos Estados Unidos, com soja e milho, para evitar o ataque de fungos e pragas no produto final. A diferença da tecnologia desenvolvida pela RA, de acordo com a empresa, está no conhecimento para adaptar o processo de aplicação do ozônio no local de armazenagem às condições específicas de temperatura, pressão e umidade relativa do ar presentes no clima da região Nordeste.

Esses fatores, ressalta Francisco de Assis, influenciam muito o rendimento do trabalho e, caso não sejam considerados, podem causar até a perda dos alimentos. “Um exemplo é o nível de umidade. A legislação brasileira exige que os grãos saiam com no máximo 14%. Se você não controlar essa umidade na aplicação do ozônio, o índice pode ser alterado”, explica, acrescentando que a inovação da RA consiste nos cálculos para controlar a aplicação considerando variáveis como essa.

De acordo com o engenheiro químico, nenhuma empresa faz aplicação de ozônio em grãos no Brasil por causa da falta de conhecimento para adaptar o tratamento às características do clima tropical do país. “Em nosso processo, até as condições microbiológicas dos grãos são analisadas antes da colocação do ozônio”, afirma.

O ozônio, vale ressaltar, é um componente bastante usado no Brasil para tratamento e desinfecção de água, no qual ocorre a sua dissolução em meio líquido. Já no tratamento dos grãos, ocorrem os processos de fumigação (introdução do gás em forma de vapor onde os grãos estão armazenados) e percolação, onde o gás encontra os caminhos mais fáceis para atingir e proteger todos os grãos.

A alternativa do uso do componente como agente purificador de grãos é importante, segundo a RA, porque tanto a legislação brasileira quanto a internacional vêm colocando grande restrição ao uso de defensivos agrícolas antes e após a colheita. “Em relação às técnicas convencionais usadas no Brasil, atualmente, a Tecnologia do Ozônio, tem a vantagem de ser mais econômica, pois usa uma fração percentual das moléculas de oxigênio do ar, para transformá-las em moléculas de ozônio. E não agride o meio ambiente nem os seres humanos, porque depois que a ação oxidante passa, as moléculas voltam ao estado original de oxigênio (O2)”, explica Francisco de Assis.

O preço da nova tecnologia a ser ofertada no mercado, informa a empresa, depende de vários fatores, como volume e tipo de grãos a serem tratados, forma física do armazém, tipo de processo de fumigação e aeração e armazenamento utilizado. Mas há uma estimativa de redução entre 20% a 60%, em relação ao custo dos processos de conservação convencionais usados hoje. A empresa já disponibiliza o serviço no mercado, levando a máquina geradora de ozônio ao local desejado e fazendo a aplicação.

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