Notícia

Unesp desenvolve nova batata-doce para ajudar no combate à insuficiência de vitamina A

A produção do alimento, que já foi aprovado por consumidores, pode ser uma alternativa acessível para a suplementação de grupos em situação de vulnerabilidade e mais uma fonte de renda para agricultores

Divulgação, AUIn - Unesp

Fonte

AUIn | Agência Unesp de Inovação

Data

quarta-feira, 28 junho 2023 16:45

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Biotecnologia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Ciências Agrárias. Nutrição de Coletividades. Saúde Pública

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’ (Unesp) desenvolveram uma nova batata-doce que irá auxiliar no combate à insuficiência de vitamina A, problema de saúde pública capaz de desencadear cegueira, o enfraquecimento do sistema imunológico, além de facilitar o surgimento de infecções por bactérias. O produto, que já teve seu registro protocolado no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), também pode ser mais uma fonte de renda para pequenos produtores e uma alternativa de baixo custo para a suplementação de grupos e famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica, como comunidades quilombolas.

A nova batata-doce é do tipo de polpa alaranjada e, segundo os cientistas, possui até 50% mais betacarotenos – uma das principais fontes de vitamina A para o nosso organismo – em relação aos produtos semelhantes disponíveis atualmente no mercado. Além disso, as plantas dessa batata-doce têm potencial produtivo cerca de três vezes maior do que a média brasileira, permitindo que se produza mais alimento no mesmo período de colheita.

“Posso apontar três grandes diferenciais dessa nova batata-doce. O primeiro é a sua capacidade produtiva superior à média nacional, chegando a cerca de 45 toneladas por hectare, frente a aproximadamente 15 toneladas dos produtos atuais. O segundo é seu poder nutricional, por conta da quantidade mais elevada de betacarotenos em relação à batata-doce de polpa alaranjada americana, que foi importada para o Brasil e é a nossa referência. Por fim, o terceiro destaque é que ela possui um formato que agrada mais ao mercado. Ela é mais longa, o que facilita o seu descascar e preparo como um todo, além de ser mais firme e sequinha, que acaba sendo uma preferência do consumidor”, explicou o principal responsável pela inovação, o professor Dr. Pablo Forlan Vargas, da Faculdade de Ciências Agrárias do Vale do Ribeira, em Registro (SP).

Para avaliar a aceitação do público, os cientistas realizaram uma série de ações para apresentar o produto à população e aos potenciais consumidores. Uma delas foi na própria Unesp, no campus de Jaboticabal (SP), onde alunos, funcionários, docentes e visitantes provaram às cegas o novo produto. “Nós cozinhamos as batatas-doces e oferecemos algumas amostras para os participantes degustarem. Ao final da avaliação, as notas obtidas pela nova hortaliça nos quesitos sabor, textura e aspecto geral foram todas melhores do que as recebidas pelas batatas-doces convencionais. A maioria dos participantes respondeu a um questionário dizendo que compraria o produto”, contou o docente.

Outra atividade de introdução da batata-doce foi realizada no Quilombo Peropava, em Registro. Na oportunidade, os pesquisadores apresentaram aos moradores locais as características do produto, seu poder nutricional, bem como seus benefícios à saúde humana. Diferentes alimentos foram preparados com o uso da batata-doce para que a comunidade pudesse degustar, como pães, tortas, suco, sequilhos, pudim, além da própria batata-doce pura cozida.

Acesse a notícia completa na página da Agência Unesp de Inovação.

Fonte: Henrique Fontes, Assessoria de Comunicação da AUIn – Unesp. Imagem: Divulgação, AUIn – Unesp.

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