Notícia

UFMS coordena criação de Rede de Enfrentamento e Controle da Obesidade em Mato Grosso do Sul

De acordo com o Vigitel 2018 a estimativa é de que em Campo Grande 61% dos homens e 56 % das mulheres estejam com IMC de excesso de peso (acima de 25)

Pixabay

Fonte

UFMS | Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Data

sexta-feira, 4 outubro 2019 10:05

Áreas

Nutrição Coletividades. Saúde Pública

Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel – 2018), do Ministério da Saúde, apontou aumento de 67,8% de obesidade no Brasil nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018, com mais da metade da população (55,7%) apresentando excesso de peso.

Essa realidade alarmante levou o Ministério da Saúde a lançar, por meio de editais do CNPq, uma proposta nacional de Rede de Enfrentamento e Controle da Obesidade (Rede ECO-AB) no âmbito da Atenção Primária em Saúde (APS), porta de entrada dos usuários nos sistemas de saúde.

Em Mato Grosso do Sul, a Rede ECO-AB é coordenada pela UFMS, com a parceria de pesquisadores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Uniderp e Faculdade Campo Grande (FCG), reunindo 25 pesquisadores.

“Estamos começando o trabalho na Rede com o planejamento de dois cursos semipresenciais e pesquisa. Para os dois cursos já foram contratados os bolsistas e já temos a confirmação de participação de todos os 79 municípios do estado”, explica a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan) Dra. Camila Medeiros da Silva Mazzetti, coordenadora do projeto.

O primeiro curso será voltado a gestores em saúde e está relacionado à Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Trará questões sobre o manejo da obesidade, desafios, como trabalhar a promoção e prevenção e não só a recuperação da saúde. O curso será focado nos coordenadores da APS e nos coordenadores da área técnica de alimentação e nutrição, com convite estendido aos secretários municipais de saúde.

Já o segundo curso contemplará as equipes multiprofissionais de atenção primária em saúde – os Núcleos Ampliados de Saúde da Família (NASF). “Vamos trabalhar as mesmas nuances de prevenção e promoção da saúde, que chamamos de tecnologia leve dentro do SUS, para tentar pelo menos barrar o crescimento da obesidade, dar alguma solução para o problema que já temos, integrando as 11 microrregiões (Aquidauana, Campo Grande, Coxim, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã, Paranaíba, Corumbá, Dourados e Três Lagoas) de saúde do estado”, expõe Camila.

A proposta é, por meio dos interlocutores, apresentar algumas ferramentas de autocuidado em saúde para o cidadão, informações que serão repassadas não somente por nutricionista, mas também médico, enfermeiro, assistente social, fisioterapeuta, entre outros profissionais que trabalham com a obesidade de alguma forma.

“São coisas simples como discutir temas sobre alimentação saudável, ter uma horta em casa com temperos para usar menos sal, trabalhar grupos terapêuticos, e não somente ambulatorialmente, para recuperação da obesidade, apresentar práticas integrativas e complementares (acupuntura, meditação, terapia floral), ensinar as pessoas a ler rótulos, a entender que alguns alimentos que se dizem saudáveis são ultraprocessados, com muito mais açúcar do que se imagina. Trabalhar mais comunitariamente e agregar saberes de vários profissionais de saúde no enfrentamento da obesidade, trazer esses profissionais para tentar uma nova estratégia, porque o que estamos tentando tem falhado, pois as prevalências de excesso de peso só tem aumentado”, completa a coordenadora.

Os cursos serão iniciados em 2020, sendo que o de gestor será realizado em Campo Grande, com 30 horas de ensino a distância e 10 horas presenciais, com dois encontros, um no início e outro ao final para troca de experiência e prática dinâmica em relação ao que foi aprendido.

As equipes multiprofissionais farão curso de 180 horas, com três encontros presenciais. Os pesquisadores irão às microrregiões de saúde do Estado.

“Como parte de tese de Doutorado, o projeto contempla ainda a análise focal estratégica, em que os profissionais de saúde e gestores irão identificar os desafios da obesidade dentro da APS e irão propor soluções. Será um relatório, um compromisso de cada microrregião sobre a sua realidade e o que se propõe a fazer”, afirma a Dra. Camila.

Acesse a notícia completa na página da UFMS.

Fonte: Paula Pimenta, UFMS. Imagem: Pixabay.

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