Notícia
Tecnologias e protocolos pós-colheita podem reduzir perdas de caqui em mais de 70%
Adoção de método criterioso de seleção e tratamento dos frutos, de uma embalagem mais adequada à proteção do produto resultou em frutos com mais valor agregado e maior tempo de vida útil
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Fonte
EMBRAPA| Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Data
quinta-feira, 19 março 2020 16:05
Áreas
Agricultura. Agronomia. Biotecnologia. Ciências Agrárias
A adoção de tecnologias e de recomendações técnicas da Embrapa fez as perdas da produção de caqui de uma fazenda caírem quase 72%, saindo da média histórica de 16% para 4,5%, alcançados em 2019. Os altos índices de perdas da Fazenda Suynan, na região da Serra Fluminense, eram registrados desde a década de 1940 e quase fizeram o produtor abandonar a atividade. Depois da adoção de um método criterioso de seleção e tratamento dos frutos, de uma embalagem mais adequada à proteção do produto e até da modernização de instalações para adequação ao trabalho de embalagem, foram obtidos frutos padronizados, com mais valor agregado e maior tempo de vida útil.
Como resultado, a Suynan aumentou suas vendas em mais de 120%, pois os frutos passaram a ser mais valorizados pelos clientes. Com a entrega de caquis de alto padrão de qualidade, novos mercados surgiram. “Mesmo com a ampliação da produção em mais dez hectares, ainda não consigo atender a alta demanda proveniente de outras localidades do País. Preciso inovar ainda mais”, conta o empresário Roberto Lopes, proprietário da fazenda localizada no município de São José do Vale do Rio Preto (RJ).
A virada do negócio da Fazenda Suynan ocorreu com a adoção de novas tecnologias e protocolos de pré e pós-colheita recomendados pela equipe da área de pós-colheita da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ). A partir de 2015, com a submissão de um projeto a um edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), foi possível a aquisição de um novo equipamento mais adequado à limpeza, escovação, seleção e classificação dos caquis. A máquina realiza a classificação dos frutos por tamanho e forma. Na sequência, os operadores e auxiliares de produção realizam de forma manual a separação por cor e estágio de maturação. Esse processo possibilitou a obtenção de um produto padronizado, com melhor aparência e maior valor agregado.
Em seguida, sob recomendação da equipe da Embrapa, um novo galpão para embalar os frutos (packing-house) foi construído na propriedade e os empregados – já em maior número – foram treinados para o adequado manuseio do fruto em todas as etapas de produção, desde o campo. Também foi indicada uma nova embalagem, de papelão com camada dupla, que aumenta a vida útil do fruto, em substituição às caixas de madeira, que geram mais de 20% de perdas do produto, segundo estudos realizados pela Embrapa e pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Atualmente, as caixas de papelão de seis quilos representam cerca de 95% da comercialização da fazenda, preservando a qualidade dos frutos que vão para o mercado. O uso das caixas de madeira de 20 kg foi diminuído drasticamente, sendo utilizada apenas para os frutos muito pequenos e com pouco valor comercial.
Acesse a notícia completa na página da EMBRAPA.
Fonte: Aline Bastos, Embrapa Agroindústria de Alimentos. Imagem: Freepik.
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