Notícia
Startup catarinense usa tecnologia inovadora para detectar a bactéria salmonella de forma mais rápida
O Revella Test consegue detectar a salmonela em proteína animal (como o frango), em granjas (através de amostras ambientais) e em farelos (como o de soja, trigo e milho)
Divulgação, TNS Nano
Fonte
Fapesc | Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
Data
segunda-feira, 28 fevereiro 2022 15:00
Áreas
Agricultura. Agronomia. Biotecnologia. Medicina Veterinária. Pecuária. Segurança Alimentar
Um teste para detectar a bactéria salmonella em alimentos leva cerca de uma semana para ficar pronto. Já o Revella Test, desenvolvido pela catarinense TNS Nano, fica pronto entre duas e 12 horas. A tecnologia inovadora usa nanopartículas de ouro na sua composição e recebeu patente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A startup tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Salmonella é uma bactéria que causa intoxicação alimentar e, em casos raros, pode provocar graves infecções e até mesmo a morte. Pode ser encontrada nos animais e em farelos, como o de soja. Para evitar a contaminação, há uma série de medidas necessárias, como a sua detecção por meio de testes.
O Revella Test é um deles, que usa uma tecnologia inovadora. Um farelo, como o de soja, ou uma proteína animal é colocado em uma solução de cor rosa. Apesar dessa coloração, ela é formada por nanopartículas de ouro. Se o material ou produto testado não conter salmonella a cor do kit de detecção permanece a mesma.
Se tiver a presença da bactéria, ela se liga nas nanopartículas promovendo a mudança de cor (perceptível a olho nú). “Quando a salmonella se liga ao kit, o complexo químico tende a se aglomerar e decantar. Este fenômeno altera a cor do kit de rosa para o azul”, explicou o diretor-geral da TNS Nano, Gabriel de Freitas Nunes.
De acordo com o diretor-geral da TNS Nano, o Revella Test consegue detectar a salmonela em proteína animal (como o frango), em granjas (através de amostras ambientais) e em farelos (como o de soja, trigo e milho). Entretanto, tem potencial para ser utilizado em outras bactérias de interesse para a indústria. No momento, a startup já tem tratativas com uma empresa global de análises de carregamentos de farelos para exportação.
“Os carregamentos não podem ter contaminação. Caso chegue um carregamento de farelo contaminado na Europa, por exemplo, ele precisará ser retratado com químicos para resolver a contaminação. Se não for resolvido, ele sofre embargo ou é vendido para um outro local com pré-requisito menor, podendo também retornar ao Brasil ou até ser descartado”, explicou Nunes.
Como o kit de detecção leva até 12 horas, o controle consegue ser feito durante o carregamento. “Do contrário, o resultado sairia sete dias após o carregamento, com o navio no meio do Oceano (como é feito atualmente)”, justifica Nunes. “A intenção é penetrar ainda mais no mercado com parcerias estratégicas, seja via farelos, seja via proteína animal (onde o Brasil e o mundo precisam de atenção). O nosso plano é colocar o Revella Test como um produto de fácil acesso ao mercado de grande volume e responsabilidade. Com isso, traremos mais segurança para a cadeia de proteínas (animal ou vegetal) de forma a vermos em breve a cadeia de produção e distribuição livre de salmonella”.
Acesse a notícia compla na página da Fapesc.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Fapesc. Imagem: Divulgação, TNS Nano.
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