Notícia
Sistema imune do intestino tem áreas distintas para proteção e tolerância alimentar
Pesquisadores demonstram que os linfonodos que drenam a porção superior do intestino delgado, nas imediações do duodeno (região proximal), induzem respostas imunes tolerogênicas e reguladoras
Divulgação, UFMG
Fonte
UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais
Data
terça-feira, 14 maio 2019 09:40
Áreas
Nutrição Clínica
A drenagem linfática, processo de absorção de substâncias estranhas inócuas ou ameaçadoras (antígenos) do intestino, é executada por pequenos gânglios chamados linfonodos, organizados na cadeia mesentérica, que se estende de uma extremidade à outra do órgão. Esse sistema imune intestinal lida diariamente com o desafio de induzir tolerância aos antígenos da dieta – proteínas que não foram digeridas no estômago – e dos 100 trilhões de bactérias da microbiota que povoam o órgão, enquanto desencadeia respostas inflamatórias protetoras contra agentes infecciosos patogênicos.
“Até então, pensava-se que todos os linfonodos da cadeia mesentérica eram idênticos, e era um mistério compreender como o sistema imune do intestino conseguia manter atividades tão dicotômicas. Mas conseguimos demonstrar que a drenagem, capaz de induzir tolerância ou inflamação, é delegada aos linfonodos de acordo com sua posição na cadeia mesentérica”, afirma a professora Ana Maria Caetano de Faria, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. O estudo do qual participou a pesquisadora resultou no artigo publicado na revista científica Nature.
Por meio de experimentos realizados com camundongos, o grupo do pesquisador Dr. Daniel de Sousa Mucida, da Rockefeller University, nos EUA, em colaboração com o grupo do ICB, coordenado pela Dra. Ana Caetano, demonstrou que os linfonodos que drenam a porção superior do intestino delgado, nas imediações do duodeno (região proximal), induzem respostas imunes tolerogênicas e reguladoras. Por sua vez, os gânglios localizados próximos ao intestino grosso (região distal) geram respostas inflamatórias protetoras.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da UFMG.
Fonte: UFMG. Imagem: Divulgação, UFMG.
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