Notícia

Sistema de rastreamento combate fraude alimentar da fazenda à mesa

Estrutura de comunicação pode apoiar produção diversificada de alimentos em qualquer escala

Pixabay, arte

Fonte

Universidade de Tóquio

Data

quinta-feira, 12 novembro 2020 10:30

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Biotecnologia. Nutrição Coletividades

Um novo aplicativo proposto por pesquisadores da Universidade de Tóquio visa fornecer total transparência ao longo da cadeia de abastecimento de alimentos – da produção à mesa do consumidor – sendo mais acessível aos pequenos agricultores, produtores artesanais e industriais.

Existem sistemas oficiais de certificação de alimentos em muitos países, mas especialistas dizem que o custo financeiro de implementação e os custos de mão-de-obra de manutenção são impraticáveis ​​para os pequenos produtores. Os sistemas de certificação existentes também podem ser explorados por vendedores inescrupulosos que falsificam certificados ou logotipos de autenticidade para produtos premium.

“Nossa motivação foi projetar um sistema de rastreamento de alimentos que seja barato para os pequenos agricultores, conveniente para os consumidores e possa prevenir a fraude alimentar”, disse Kaiyuan Lin, doutorando da Universidade de Tóquio e primeiro autor do estudo publicado na revista científica Nature Food.

O novo sistema de rastreamento de alimentos começa com a colheita de qualquer ingrediente, por exemplo, arroz em uma fazenda familiar. O agricultor abre o aplicativo em um smartphone, insere detalhes sobre a quantidade e o tipo de arroz e, em seguida, cria e imprime um código QR para anexar às embalagens de arroz. Em seguida, o transportador escaneia o código QR e insere detalhes no aplicativo sobre onde, quando e como o arroz foi transportado para o mercado. O mercado que compra o arroz verifica o código QR para registrar que o arroz está em sua posse e insere detalhes sobre onde e como o arroz é armazenado antes da revenda. Eventualmente, o mercado pode vender o arroz diretamente aos consumidores ou a outros fabricantes que podem escanear o código QR e saber onde o arroz se originou.

Se um intermediário registrar códigos QR falsificados para enganar os consumidores, os produtores perceberão que o tamanho da colheita alegada está modificado no aplicativo. Eles também poderão optar por receber atualizações do aplicativo sobre onde, quando e de que forma sua colheita eventualmente chega aos consumidores.

O aplicativo também pode transformar uma longa lista de ingredientes em um único código QR. Por exemplo, um chef de um restaurante ou indústria de alimentos pode comprar arroz de um fornecedor, pimenta de outro e carne de um terceiro fornecedor para usar em kits de refeições. Somente ao receber fisicamente esses ingredientes pode haver o registro dos códigos QR. Depois de coletar todos os códigos dos ingredientes, o aplicativo pode ser usado para criar um novo código QR para anexar aos kits completos de refeição. A fábrica pode criar um código QR exclusivo para cada novo lote de kits de refeição todos os dias. Quando os consumidores leem o código QR de um kit de refeição, eles podem acessar detalhes sobre o kit, bem como toda a origem de todos os ingredientes individuais que estão digitalmente conectados ao código QR do kit.

“O sistema de código de barras atual é único para um produto: quando você compra o mesmo produto, ele terá o mesmo código de barras. Nosso sistema permite que pequenos produtores que fazem pequenos lotes possam gerar um novo código QR para cada lote”, disse Lin. Esse maior nível de detalhes também pode ajudar os reguladores a rastrear a segurança alimentar e gerenciar quaisquer recalls de segurança com mais eficiência e precisão.

O aplicativo foi projetado com software de código aberto e um banco de dados totalmente descentralizado (ponto a ponto ou multimaster), o que significa que as alterações não são controladas por um único servidor. O armazenamento de dados é distribuído entre o smartphone ou computador de cada usuário e, portanto, não há um servidor central para hackear, proporcionando aos consumidores ainda mais segurança.

Por enquanto, o aplicativo ainda precisa de mais investimentos para estar disponível. “Criamos um protótipo de demonstração da infraestrutura para um novo sistema mais preciso de rastreabilidade alimentar. Antes que possa ser utilizado, programadores e designers de interface de usuário terão que melhorar o aplicativo e os produtores precisarão gerar e imprimir o código QR”, concluiu Kaiyuan Lin.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia na página da Universidade de Tóquio (em inglês)

Fonte: Universidade de Tóquio. Imagem: Pixabay, arte.

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