Notícia

Riqueza que vem do chão

Projeto de extensão da UFSM realiza parceria com a comunidade Dom Ivo Lorscheiter e mantém horta comunitária na região

Mirella Joels, UFSM-Revista ARCO

Fonte

UFSM - Revista ARCO

Data

quinta-feira, 4 abril 2019 14:00

Áreas

Agricultura. Agronomia. Ciências Agrárias

Você já ouviu falar em agroecologia? Desde o início de 2018, a Organização das Nações Unidas (ONU) aposta nessa palavra para erradicar a fome e proteger os recursos naturais do planeta. Por meio dela, é possível conquistar autonomia na alimentação.

Para colocar em prática esta atitude sustentável, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) firmou parceria com os 587 moradores do Residencial Dom Ivo Lorscheiter, localizado próximo à faixa nova (BR-287) – que liga o centro de Santa Maria ao bairro Camobi. Em conjunto, idealizaram a primeira Horta Agroecológica Comunitária da cidade de Santa Maria.

Nasce um terreno fértil

A horta foi planejada ainda em 2016. Começou a ganhar forma em 2017. Mas só se consolidou em 2018. O interesse pela criação partiu dos moradores do residencial após rodas de conversa, sobre economia solidária e agricultura familiar, na Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), que ocorreu entre os dias 12 a 15 de julho de 2018.

A comunidade firmou parceria com o técnico-administrativo Juarez Felisberto, do Departamento de Zootecnia da UFSM, que também já foi presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Comsea).

O projeto é baseado nas hortas comunitárias da cidade de Maringá, no Paraná. Lá, a Universidade Estadual de Maringá desenvolve a assistência técnica e a extensão rural em conjunto com a Prefeitura, responsável por auxiliar na logística. Mais de mil famílias participam do programa que produz cerca de 900 toneladas de alimento por ano.

A horta, em Santa Maria, fica localizada ao lado do Centro Comunitário do residencial – construído com recursos do programa Minha Casa Minha Vida em 2014. Antigamente, esse mesmo terreno, que hoje germina hortaliças, plantas condimentares e fitoterápicas, era usado como local de despejo. “As pessoas jogavam fogão, sofás e outros resíduos”, conta Juarez. Segundo o técnico, a terra era muito maltratada, principalmente pela situação do aterro de lixo.

Para o voluntário Jonathan Pereira, a horta é importante para os moradores por incentivar o empoderamento e a autonomia, em conjunto com as práticas agroecológicas. “Essa iniciativa ajuda as pessoas a entenderem que sai riqueza de um chão que sempre foi dito que era pobre”, comenta Jonathan.

Atualmente, onze famílias participam do projeto. Crianças e idosos convivem no mesmo ambiente com um propósito em comum: plantar e cultivar as coisas na terra. As crianças costumam ser um público fiel da horta, admirando e ajudando a cuidar. “Tá ali a esperança de botar aquela sementinha pra chegar em casa e florescer”, comenta Lucas Murari, bolsista do projeto. Na horta são cultivados pés de alface, beterraba, repolho, brócolis, couve flor, cebola, ervilha, abóbora, berinjela, cenouras, salsa, entre outras hortaliças.

Acesse a notícia completa na página da UFSM-Revista ARCO.

Fonte: Mirella Joels, UFSM-Revista ARCO.  Imagem: Mirella Joels, UFSM-Revista ARCO.

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