Notícia
Redução de açúcar não pode dar lugar a aditivos
Nosso grande desafio é reduzir o açúcar, sem introduzir em seu lugar um novo aditivo
Pixabay
Fonte
Asbran | Associação Brasileira de Nutrição
Data
sábado, 21 abril 2018 10:15
Áreas
Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos. Nutrição de Coletividades
A diminuição do açúcar em alimentos industrializados não pode ser substituída por edulcorantes. Nosso grande desafio é reduzir o açúcar, sem introduzir em seu lugar um novo aditivo. Precisamos simplesmente reduzir. A afirmação foi feita por Eduardo A. F. Nilson, do Ministério da Saúde, no painel de debates sobre “Os acordos de redução de nutrientes e a indústria de alimentos”, promovido nesta sexta-feira (20) no Conbran 2018.
Os debates contaram ainda com a participação da Profa. Dra. Lívia de Lacerda de Oliveira, da UnB, e pelo Prof. Dr. Lauro Luís Martins Medeiros de Melo, pesquisador e engenheiro de alimentos.
O representante do Ministério da Saúde fez uma análise do cenário atual no Brasil. Segundo demonstrou, 74% dos óbitos no país são decorrentes de Doenças Crônicas não-transmissíveis, e o alto consumo de sódio, açúcar e gordura tem participação direta nesses índices.
Eduardo informou que técnicos do IBGE estão em campo para verificar a eficácia das politicas públicas para redução do consumo de produtos alimentícios industrializados e destacou a preocupação com o alto consumo de ultraprocessados por crianças e adolescentes.
Sobre os acordos entre governo e indústria alimentícia, Eduardo Nilson afirmou que a meta traçada é reduzir a quantidade de sódio de 12 para 5 gramas no consumo individual, mas não deve ser atingida até 2020 como pretendido. Ele adiantou que a Anvisa prevê a eliminação da gordura trans nos alimentos industrializados e apoiou a proposta da rotulagem frontal, em discussão, e defendeu a inserção de açúcar livre nos rótulos, o que não ocorre hoje.
A redução do açúcar nos alimentos, sem que isso envolva a adição de outros componentes industrializados, como os edulcorantes, também é foco de estudos. Na análise técnica dos professores Lívia e Lauro, pesquisas estão em andamento envolvendo o uso de biomassa como substituto de gordura e açúcar e a extração de proteína da quinoa para enriquecer outros alimentos, disse a Dra. Lívia de Lacerda.
Fonte: Asbran. Imagem: Pixabay.
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