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Projeto apoiado pela CAPES desenvolve técnica para detectar adulterantes no café

Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) têm se empenhado em desenvolver técnicas para detecção de materiais vegetais adicionados ao café torrado e moído.

Pixabay

Fonte

CCS|CAPES

Data

sexta-feira, 16 fevereiro 2018 16:25

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Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) têm se empenhado em desenvolver técnicas para detecção de materiais vegetais adicionados ao café torrado e moído. O projeto, apoiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) desenvolveu um método para identificar adulterantes em tempo real. A nova técnicas permitirá aos órgãos de fiscalização e de controle de qualidade detectar, com mais eficácia, adulterantes misturados ao pó de café.

Coordenado pela Embrapa Agroindústria de Alimentos no Rio de Janeiro, o projeto “Desenvolvimento de métodos moleculares para detecção de adulterantes, indicadores de qualidade, determinação da composição em arábica e robusta e avaliação da percepção sensorial do consumo de café torrado e moído.” foi um dos 88 projetos aprovados em 2014 pelo Programa Capes-Embrapa. A iniciativa contou ainda com pesquisadores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

De acordo com os pesquisadores da Embrapa, Dra Edna Maria Morais Oliveira e Prof Dr Otniel Freitas Silva, líderes da equipe de cientistas do projeto, os métodos desenvolvidos pela pesquisa apresentaram rapidez, precisão e especificidade para detectar e identificar os adulterantes mais comuns adicionados ao café torrado e moído, como milho, arroz e cevada. Também mostraram capacidade de aferir a quantidade de adulterante presente em cada amostra além de alta sensibilidade, capaz de detectar até pequenas quantidades de adulterantes.
Os métodos de base molecular identificam sequências específicas, os marcadores moleculares, previamente selecionadas do genoma (DNA) dos adulterantes mais comuns. Esses, torrados e moídos como o café, são de difícil detecção pelos métodos utilizados atualmente, baseados na visualização por microscopia e macroscopia das características visuais de cores e imagens de cada produto adulterante em teste, o que depende muito da experiência do analista.

“Os métodos convencionais não são específicos para café ou para os adulterantes mais utilizados nesse produto, ou seja, não permitem identificar os adulterantes individualmente. Já a técnica PCR em tempo real vem sendo amplamente utilizada para a análise de sequências específicas de DNA de diferentes matrizes alimentares”, ressalta Edna Oliveira. A PCR, sigla para reação em cadeia da polimerase, é uma das técnicas mais utilizadas em laboratórios de pesquisas médicas e biológicas.

A exigência dos consumidores foi uma das principais motivações para a elaboração do projeto, que busca contribuir para a evolução do mercado de café no Brasil. “A percepção e a pressão do consumidor vêm aumentando nos últimos tempos, exigindo do mercado a garantia de acesso a produtos de qualidade. Os consumidores sabem que o Brasil produz excelentes cafés”, finaliza a pesquisadora Edna Oliveira.

 

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Fonte: CCS | Capes. Imagem: Pixabay

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