Notícia

Professora revela como age o fungo causador da doença do carvão

O carvão da cana-de-açúcar é registrado em quase todos os países produtores de cana e a sua incidência tem aumentado nos últimos anos

Pixabay

Fonte

UFTPR | Universidade Tecnológica Federal do Paraná  

Data

terça-feira, 20 novembro 2018 11:10

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Ciências Agrárias

O que acontece durante a interação da cana-de-açúcar com o fungo causador da doença do “carvão” faz parte dos estudos realizados por um grupo de pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP. Uma das integrantes é a professora do Campus Toledo da UTFPR, Dra. Patricia Dayane Carvalho Schaker. O foco é entender como se dá a interação entre o fungo Sporisorium scitamineum e a cana-de-açúcar e determinar mecanismos envolvidos na resistência ou vulnerabilidade à doença.

O carvão da cana-de-açúcar é registrado em quase todos os países produtores de cana. Sua origem é registrada em Papua-Nova Guiné, na Oceania. A doença tem aumentado a sua incidência nos últimos anos, principalmente devido à proibição das queimadas para colheita. Quando uma planta suscetível é contaminada com este fungo, ela produz uma estrutura chamada de “chicote” na região de crescimento do colmo, que pode ser de alguns centímetros a mais de um metro. A coloração do chicote inicialmente é prateada, tornando-se preta com o desenvolvimento da doença e a maturação dos esporos presentes nele. “Essa estrutura [chicote] dá o nome de carvão da cana-de-açúcar à doença, pois os esporos do fungo dão aspecto de fuligem e se espalham no campo facilmente pela ação do vento”, explica a professora Patricia.

Os estudos desenvolvidos durante seu doutorado mostram que o fungo é capaz de colonizar a planta hospedeira por meio da produção de diversas enzimas que quebram a parede celular vegetal, e ainda tem potencial de secretar pequenas proteínas, que dentro da célula vegetal atuam como “efetores”, desviando o metabolismo da planta ou suprimindo as respostas de defesa.

Além disso, a professora Patrícia estudou quais mudanças ocorrem no metabolismo da cana-de-açúcar quando ela é infectada pelo fungo. “Desde as primeiras horas de infecção nas plantas, altera-se a expressão de genes relacionados às vias de florescimento. E esse padrão se perpetua até 200 dias após a infecção, quando as plantas já emitiram chicotes. Vários desses genes simplesmente não são expressos em plantas sadias, indicando que a presença do fungo sinaliza para que a planta ative as vias de desenvolvimento floral, o que permitirá, de forma indireta, a sobrevivência do fungo e a sua perpetuação no campo”, explica.

Acesse a notícia completa na página da UTFPR.

Fonte: UTFPR. Imagem: Pixabay.

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