Notícia
Pesquisadores estudam os efeitos benéficos da dieta mediterrânea na redução da obesidade juvenil
Dieta mediterrânea com restrição de energia e enriquecida com produtos típicos do Mediterrâneo pode ter efeitos positivos sobre a obesidade juvenil
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Fonte
Universidade de Coimbra
Data
sexta-feira, 5 junho 2020 09:50
Áreas
Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública
Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), liderada pela Dra. Maria Filomena Botelho, integram o consórcio internacional Mediterranean enriched diet for tackling youth obesity (MED4Youth), que avalia o impacto de uma dieta mediterrânea com restrição de energia e enriquecida com frutos secos, grão-de-bico, romã e pão de fermento na redução de peso e dos fatores associados à obesidade juvenil.
O consórcio vai iniciar um estudo clínico com a participação de 240 adolescentes obesos, com idades entre os 13 e 16 anos, de Portugal, Espanha e Itália. É a primeira vez que um estudo deste tipo vai ser realizado com participantes de diferentes países do Mediterrâneo.
O principal objetivo deste estudo clínico, com a duração de quatro meses, é “demonstrar que uma dieta mediterrânea com restrição de energia e enriquecida com produtos típicos do Mediterrâneo, como a romã, o grão-de-bico, os frutos secos e o pão de fermento, é mais eficaz na redução de peso e dos fatores de risco cardiovasculares associados à obesidade juvenil comparativamente com uma dieta convencional com pouca gordura e restrição de energia”, explicou a Dra. Maria Botelho.
A pesquisa vai utilizar tecnologias “ômicas”, tecnologias que permitem obter uma “radiografia” global dos processos biológicos, para analisar se os efeitos para a saúde da intervenção clínica são associados a mudanças favoráveis em populações bacterianas e metabólitos intestinais.
Estas técnicas, explicita a pesquisadora da FMUC, permitem “fornecer as ‘impressões digitais’ do padrão alimentar dos indivíduos, combinando instrumentos dietéticos convencionais com análises de biomarcadores selecionados da ingestão de alimentos, validados pela primeira vez neste projeto”. A Dra. Maria Filomena Botelho acrescenta que esta pesquisa internacional irá “sensibilizar a população em geral, mas especialmente os jovens que vão integrar o estudo e os seus pais, sobre os benefícios para a saúde derivados da dieta mediterrânea, melhorando as suas escolhas alimentares”.
Este estudo pretende também impulsionar a produção e consumo de produtos saudáveis tradicionais. A pesquisadora nota que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade juvenil quadruplicou nos últimos 30 anos e “18% das crianças e adolescentes entre os 5 e 19 anos de idade têm excesso de peso ou obesidade, com uma incidência particularmente elevada em países mediterrâneos como Portugal, Espanha e Itália”.
Destaca-se ainda que a obesidade está associada a maiores taxas de diabetes, hipercolesterolemia, doença gordurosa hepática não-alcoólica e hipertensão, fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares na vida adulta.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Coimbra.
Fonte: Cristina Pinto, Universidade de Coimbra. Imagem: Freepik.
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