Notícia

Pesquisadores desenvolvem vacinas orais para peixes de aquacultura

Ao fornecer novas estratégias de combater doenças bacterianas, que constituem um entrave ao desenvolvimento sustentável da aquacultura e uma ameaça à saúde pública, esta proposta terá um grande impacto na economia e na sociedade

DR, Universidade do Porto

Fonte

Universidade do Porto

Data

segunda-feira, 26 abril 2021 09:25

Áreas

Aquicultura

Desenvolver vacinas orais para a aquacultura foi a resposta encontrada por pesquisadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR-UP) para fazer face à crescente necessidade do setor. O ProbioVaccine é um dos seis projetos premiados na edição deste ano da iniciativa BIP Proof, promovida pela U.Porto Inovação.

A aquacultura é o setor de produção de alimentos que mais tem crescido nos últimos anos em resposta ao crescimento contínuo da população mundial cresce. No entanto, o seu desenvolvimento econômico e sustentável está limitado pela ocorrência frequente de doenças bacterianas, algumas de caráter zoonótico e que afetam as produções em aquacultura.

A vacinação dos animais é a solução mais eficaz, mas a grande maioria das vacinas disponíveis para aquacultura são injetáveis. As vacinas orais, contudo requerem o manuseamento individual dos peixes com impactos negativos sobre o bem estar dos animais: imunossupressão e até mortalidade relacionadas com o stress do seu manuseamento.

As vacinas orais não são uma novidade e, sendo passiveis de ser incorporadas na dieta, são uma necessidade crescente em aquacultura de forma a ultrapassar os problemas das vacinas injetáveis, possibilitando estratégias de vacinação em massa. Contudo, apesar dos inúmeros esforços na investigação na área, até hoje a maioria das tentativas de obter vacinas orais eficazes em peixes, falhou.

O projeto ProbioVaccine, liderado pela pesquisadora Dra. Cláudia Serra, do CIIMAR, em colaboração com mais três pesquisadores – Gabriela Gonçalves, Rafaela Santos e o Dr.  Aires Oliva Teles -, visa suprir esta necessidade, e assenta em resultados preliminares muito promissores. Na verdade, o ProbioVaccine possui características ideais para se tornar uma vacina oral de sucesso em aquacultura, particularmente pela simplicidade de produção e armazenamento.

“Prevemos que pelo menos um produto comercial resulte deste projeto. Pretendemos ainda que a tecnologia proposta possa ser aplicada no controle de doenças em diferentes espécies de peixes e contra diversas doenças bacterianas que afetam a sustentabilidade da aquacultura”, projeta a Dra. Cláudia Serra.

O potencial do projeto

Ao fornecer novas estratégias de combater doenças bacterianas, que constituem um entrave ao desenvolvimento sustentável da aquacultura e uma ameaça à saúde pública, esta proposta terá um grande impacto na economia e na sociedade.

A aplicação desta “tecnologia em espécies de peixes com grande relevância em aquacultura, como é o caso do robalo Europeu, vai permitir oferecer à aquacultura novas e práticas armas contra doenças. O ProbioVaccine contribuirá para o desenvolvimento da produção de pescado seguro, promovendo a sustentabilidade do sector”, explica a Dra. Cláudia Serra.

No futuro pretende-se que a tecnologia proposta possa ser aplicada no controle de doenças em diferentes espécies de peixes e contra diversas doenças bacterianas que afetam a sustentabilidade da aquacultura. Para tal, contará com o financiamento de 10 mil euros, atribuídos no âmbito do programa BIP Proof.

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Eunice Sousa, CIIMAR, Universidade do Porto. Imagem: DR, Universidade do Porto.

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