Notícia

Pesquisadores desenvolvem mandioca com mais amido para a indústria

A indústria baiana de farinha e fécula de mandioca contará a partir de agora com uma nova variedade de mandioca capaz de fornecer muito mais amido

Ana Paula Lopes

Fonte

UFRB | Universidade Federal do Recôncavo Baiano

Data

quarta-feira, 12 dezembro 2018 15:00

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Ciências Agrárias

Desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e com a fecularia Bahiamido, a BRS Novo Horizonte é capaz de apresentar até 33% de amido extraível, índice superior ao das variedades usadas no mercado, cujo melhor desempenho alcança até 28%. O resultado é uma produtividade de 8,66 toneladas de amido por hectare, bem superior à obtida por outras variedades. O novo material é destinado às microrregiões baianas de Valença, Jequié e Santo Antônio de Jesus.

“O ponto principal é o acúmulo de amido. A nova variedade consegue entrar com uma renda muito alta na indústria, tanto que a gente obteve 33% na extração. São índices que nem no Paraná [maior região produtora de amido do país] se atinge”, frisa Manoel Oliveira, encarregado de desenvolvimento agronômico da Bahiamido.

A produtividade da nova mandioca também impressionou pesquisadores. Nos testes, foram colhidas 27,5 toneladas de raízes por hectare, em média, enquanto as concorrentes locais oscilaram entre 12,1 e 17,8 t/ha.

Amido fácil de ser retirado

O pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA)  Dr. Eder Oliveira explica que o sucesso da BRS Novo Horizonte não se deve somente ao teor de amido, mas também à facilidade de sua extração. “A quantidade superior obtida pela Bahiamido se deve, muito provavelmente, à presença de um amido mais extraível na raiz. Às vezes há até muito amido, mas ele está tão aderido à fibra que a eficiência do processo de extração não é tão elevada. E, aparentemente, a Novo Horizonte tem uma eficiência de extração alta, por isso, o rendimento de amido tem sido bastante interessante. E é isso que a indústria quer: carregar menos água e ter materiais com mais amido o que, de certa forma, influencia muito no custo de produção”, detalha.

Outra vantagem é que a nova mandioca possui casca de cor clara. Isso facilita a extração de amido sem traços escuros, o que aumenta a qualidade do produto para a indústria de alimentos que utiliza o amido nativo, como a indústria de fécula para tapioca. “Para nós, industrialmente, é fantástico”, afirma Manoel Oliveira.

O elevado teor de matéria seca nas raízes, aproximadamente 36,98%, também aumenta a eficiência industrial na extração de amido, utilizado pela Bahiamido na fabricação de fécula, amido modificado, tapioca, farinha, polvilhos doce e azedo.

Acesse a notícia completa na página da UFRB.

Fonte: Léa Cunha, ASCOM Embrapa Mandioca e Fruticultura. Postado por Fernanda Braga, UFRB. Imagem: Ana Paula Lopes.

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