Notícia
Pesquisadores desenvolvem biomassa a partir de resíduos industriais
Pesquisadores destacam que a biomassa modificada e enriquecida apresenta um papel importante na preservação da capacidade antioxidante e na bioacessibilidade de compostos
Divulgação, UTFPR
Fonte
UTFPR | Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Data
sexta-feira, 10 maio 2019 09:50
Áreas
Ciência e Tecnologia de Alimentos . Engenharia de Alimentos
Uma biomassa obtida através de levedura (da indústria cervejeira) e bagaços de uva (resultantes da produção de vinho) foi desenvolvida pela aluna Fernanda Thaís Vieira Rubio, do curso de mestrado em Tecnologia de Alimentos (PPGTA), sob orientação dos professores do Departamento de Química e Biologia (DAQBi), Dr. Charles Windson Isidoro Haminiuk e a Dra. Giselle Maria Maciel. O grupo de pesquisa começou a trabalhar com compostos bioativos em leveduras em 2013.
“Desde os primeiros estudos, foi percebido o grande potencial da técnica de biossorção para o enriquecimento do material biológico e para a produção de uma biomassa de leveduras com características antioxidantes”, explica a pesquisadora Fernanda.
Segundo a aluna, a levedura foi lavada diversas vezes até que os resíduos de cerveja fossem completamente removidos e, depois, foi seca e tratada com hidróxido de sódio. Os bagaços de uva foram secos e moídos, obtendo-se um pó.
“Depois da obtenção desses materiais, foi feita a extração dos compostos fenólicos (antioxidantes naturais) dos bagaços de uva e, por fim, a biossorção dos compostos nas leveduras tratadas. A biossorção é uma técnica bastante simples e barata pela qual é possível reter compostos em um material biológico”, destaca.
Outra vantagem da composição está relacionada aos estudos de simulação do sistema digestivo. Em uma simulação in vitroda digestão de leveduras antes e depois do processo de biossorção foi notado que, após a digestão, a levedura tratada apresentou atividade antioxidante 196% maior comparada à levedura sem tratamento. Além disso, a bioacessibilidade dos antioxidantes (parcela de antioxidantes disponíveis para absorção pelo organismo humano) em biomassa tratada foi 147% maior que a bioacessibilidade dos antioxidantes em levedura sem tratamento.
Os pesquisadores ainda destacam que a biomassa modificada e enriquecida apresenta um papel importante na preservação da capacidade antioxidante e na bioacessibilidade de compostos mesmo após uma digestão in vitro, o que aponta o produto como importante sistema de liberação de compostos no organismo para absorção.
“O consumo da levedura de cerveja Saccharomyces cerevisiae não é novidade, pois é amplamente utilizada como suplemento e também em formulações alimentícias. Portanto, seria facilmente aceita. Agora, além dos nutrientes encontrados na levedura, tais como proteínas, fosfolipídeos e vitaminas do complexo B, ainda teria o adicional de apresentar antioxidantes naturais. O produto gerado pode ser utilizado não só em aplicações alimentícias, como também em formulações cosméticas e farmacêuticas”, ressaltam os pesquisadores.
Acesse a notícia completa na página da UTFPR.
Fonte: UTFPR. Imagem: Divulgação, UTFPR.
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