Notícia
Pesquisadores criam método inédito para detecção de compostos nocivos nos principais queijos produzidos em Pernambuco
Tecnologia é baseada em imagens fluorescentes capturadas por um smartphone e pode ser aplicada em toda a linha produtiva de um alimento
Freepik
Fonte
UFPE | Universidade Federal de Pernambuco
Data
sexta-feira, 3 março 2023 12:25
Áreas
Biotecnologia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos. Laticínios. Nutrição Coletividades
Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um método científico inédito para detecção de compostos nocivos presentes nos principais queijos produzidos no estado. “Desenvolvemos, pela primeira vez, na literatura um método capaz de identificar aminas biogênicas, biomarcadores que estão totalmente atrelados à segurança no consumo de alimentos”, explicou o professor Dr. Vagner Bezerra dos Santos, do Departamento de Química Fundamental da UFPE.
O Dr. Vagner dos Santos é um dos autores do artigo “Método baseado em imagens digitais de fluorescência para medir aminas biogênicas em mussarela de búfala e outros queijos produzidos no Brasil”, publicado na revista científica Microchemical Journal. O periódico, voltado para a área de Química Analítica, possui classificação Qualis A2 Capes e Fator de Impacto acima de 5.
Conforme explicou o Dr. Vagner dos Santos, as aminas biogênicas são uma classe de compostos presentes em alimentos vencidos, contaminados por microrganismos patogênicos ou em estado de decomposição que podem causar graves problemas de saúde quando consumidos pelas pessoas. Desde casos de diarreia e vômito a alterações cardíacas e hemorragia cerebral, por exemplo.
A tecnologia é baseada em imagens fluorescentes capturadas por um smartphone e pode ser aplicada em toda a linha produtiva de um alimento. Da produção à armazenagem, ao transporte e à refrigeração. Por ser muito sensível, o método desenvolvido na UFPE permite identificar essas toxinas antes que elas causem algum problema de saúde à pessoa que vier a ingerir o alimento contaminado.
No estado, a nova metodologia foi aplicada com sucesso na quantificação dos marcadores nos queijos mais consumidos pelos pernambucanos: mussarela, coalho, prato e mussarela de búfala. No caso da mussarela de búfala, o método foi o primeiro no mundo a detectar tais patógenos nesse tipo de alimento. “Os queijos analisados apresentaram baixos níveis desses marcadores, o que confere a eles o status de seguro para consumo, conforme a Portaria Mapa nº 185/1997”, disse o professor Vagner dos Santos.
Os trabalhos foram realizados no Laboratório de Automação em Química Analítica Aplicada (LIA3), do Departamento de Química Fundamental da UFPE, e contaram com a colaboração do doutorando em Química João Paulo Barbosa de Almeida e do graduando em Engenharia de Alimentos Erik Filipe S. Campos, ambos sob a orientação do Dr. Vagner dos Santos. Participaram ainda os professores Dr. Severino Carlos (UFRPE) e o Dr. Willian T. Suarez (UFV, MG).
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da UFPE.
Fonte: Ascom, UFPE. Imagem: Freepik.
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