Notícia
Pesquisa relaciona maior risco de obesidade abdominal ao consumo de bebidas alcoólicas
Pesquisa abrangeu o consumo de bebidas destiladas (cachaça, vodca e uísque), cerveja e vinho (branco e tinto) e após nove anos, foi observado que a cerveja é a bebida mais consumida por mais da metade da população estudada (72,5%)

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Fonte
Ufes | Universidade Federal do Espírito Santo
Data
quinta-feira, 25 janeiro 2024 11:25
Áreas
Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública
Desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde (PPGNS) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a dissertação de mestrado acadêmico de Laís Lago Marinho ‘Consumo de bebidas alcóolicas e incidência de obesidade abdominal em participantes ELSA-Brasil’ concluiu que há um maior risco de obesidade abdominal (a famosa “barriga de chope”) em homens, quando associado a um elevado consumo de álcool, porém não foi observado o mesmo em mulheres que participaram do estudo. A autora da pesquisa, Laís Marinho, destaca que há outros fatores associados a esse diagnóstico, como a composição corporal, metabolismo, fatores hormonais e o consumo de álcool.
O levantamento foi realizado sob supervisão da professora Dra. Maria del Carmen Bisi Molina, doutora em Ciências Fisiológicas, por meio de análises de dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), uma investigação multicêntrica de coorte composta por 15 mil funcionários de seis instituições públicas de ensino superior e pesquisa das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil. A pesquisa tem o propósito de investigar a incidência e os fatores de risco para doenças crônicas, em particular as cardiovasculares e o diabetes. Em cada centro integrante do estudo, os sujeitos da pesquisa – com idade entre 35 e 74 anos – fazem exames e entrevistas nas quais são avaliados aspectos como condição de vida, diferenças sociais, relação com o trabalho, gênero e especificidades da dieta da população brasileira.
A pesquisa analisou variáveis antropométricas (medidas e dimensões das diversas partes do corpo humano), sociodemográficas, de estilo de vida e consumo de bebidas alcoólicas de 3.591 participantes, sendo 56% do sexo masculino e 44% do sexo feminino, com idade média de 57,7 anos. Para o diagnóstico de obesidade foram considerados os pontos de corte do perímetro abdominal preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o teste Kolmogorov Smirnov e modelos de Poisson (testes estatísticos).
O estudo longitudinal abrangeu o consumo de bebidas destiladas (cachaça, vodca e uísque), cerveja e vinho (branco e tinto). Após nove anos de acompanhamento, foi observado que a cerveja é a bebida mais consumida por mais da metade da população estudada (72,5%).
Apesar de não ter associação com bebida alcoólica, foi observada também uma maior incidência de obesidade abdominal em mulheres de cor branca e idade média de 56,9 anos, não fumantes, que praticavam menor tempo de atividade física por semana e com menor renda per capita. De acordo com Laís Marinho, a obesidade é multifatorial. O estilo de vida (alimentação inadequada, inatividade física, consumo de bebidas alcoólicas), assim como metabolismo e fatores hormonais, podem estar relacionados ao diagnóstico.
A pesquisadora relatou ainda que a melhor forma de tratar e prevenir a “barriga de chope” é “adotar um estilo de vida mais saudável que associe alimentação, prática de atividade física, e manejo do estresse”.
Acesse a notícia completa na página da Ufes.
Fonte: Dhébora Molina, Ufes. Imagem: Freepik.
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