Notícia

Pesquisa registra presença de plástico no trato gastrointestinal de peixes

Nos 336 peixes examinados, foram encontradas 34 partículas com forma de fragmentos e filamentos e os materiais mais encontrados foram sacola, linha de pesca e isopor

Carolina Gomes Sarmento via FAPEAM

Fonte

FAPEAM | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

Data

terça-feira, 18 julho 2023 11:15

Áreas

Aquicultura. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nutrição Coletividades. Pesca. Zootecnia

Estudo registrou, pela primeira vez, a presença de plástico no trato gastrointestinal (estômago e intestino) de seis espécies de peixes, que são frequentemente consumidos pela população amazonense. O estudo intitulado “Ocorrência de microplástico em peixes comercializados no mercado municipal de Tefé-AM, Brasil”,  foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), no âmbito do Programa de Apoio à Interiorização Tecnológica no Amazonas (Painter).

A pesquisa coordenada pela mestra em zoologia, Carolina Gomes Sarmento, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), em Tefé, alerta sobre a questão emergente da poluição por plástico, que pode afetar a saúde dos peixes e interferir na reprodução e recrutamento das espécies.

“Os peixes foram medidos, pesados e tiveram o estômago e intestino examinados por meio de identificação visual. O material foi examinado com auxílio de lupa para permitir o aumento de tamanho. As partículas encontradas foram fotografadas e classificadas de acordo com sua cor e tamanho”, disse a pesquisadora.

Ela explica, ainda, que as partículas foram analisadas por espectroscopia de infravermelho para identificação da composição química das amostras, no Laboratório de Síntese e Caracterização de Nanomateriais (LSCN/IFAM-Manaus), associado ao SisNANO.

Durante o estudo, foram analisadas seis espécies de peixes: o jaraqui (Semaprochilodus insignis); a sulamba/aruanã (Osteoglossum bicirrhosum); o tucunaré (Cichla monoculus); o tambaqui (Colossoma macropomun); a sardinha (Triportheus elongatus) e o pacu comum (Mylossoma albiscopum).

Nos 336 peixes examinados, foram encontradas 34 partículas com forma de fragmentos e filamentos. Sacola, linha de pesca e isopor foram os materiais mais encontrados.

“As descobertas do estudo são voltadas para as populações naturais de peixes encontradas na região do Médio Solimões, nas proximidades da cidade de Tefé. Essa é uma região que possui grande parte do seu comércio de peixes baseado em pesca artesanal”, afirmou Carolina Sarmento.

A pesca artesanal é uma atividade de grande importância cultural e econômica para a subsistência das populações que vivem na região do Médio Solimões.

Acesse a notícia completa na página da FAPEAM.

Fonte: Diovana Rodrigues, Decon Fapeam.  Imagem: Carolina Gomes Sarmento via FAPEAM.

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