Notícia

Pesquisa avaliou efeitos do consumo da farinha de chia

Os resultados da pesquisa demonstraram que o consumo de chia melhorou a saúde intestinal, as taxas de colesterol e triglicerídeos, o processo inflamatório e o estresse oxidativo nos animais analisados

Pixabay

Fonte

UFV | Universidade Federal de Viçosa

Data

terça-feira, 13 outubro 2020 14:30

Áreas

Biotecnologia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos. Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional

Dentre as três teses da Universidade Federal de Viçosa (UFV) reconhecidas pelo Prêmio Capes de Tese 2020 está o estudo que avaliou alguns dos efeitos ainda não estudados do consumo da farinha de chia (Salvia hispanica L.).

A pesquisa se diferenciou por considerar a chia como fonte de cálcio, zinco e ferro, e a potencialidade desse alimento em condições fisiológicas alteradas, especificamente, na menopausa. Além disso, observou o efeito da sua fração solúvel, como a fibra alimentar na saúde intestinal. O trabalho foi realizado pela Dra. Bárbara Pereira da Silva, no Programa de Ciências da Nutrição, com orientação da professora Dra. Hércia Stampini Duarte Martino.

De acordo com as pesquisadoras da UFV, a semente de chia é considerada um pseudocereal que tem sido consumido cada vez mais pela população mundial devido aos seus efeitos protetores, funcionais e antioxidantes, atribuídos à presença de lipídios, fibra alimentar, compostos antioxidantes, vitaminas e minerais. Dentre os minerais, destacam-se o cálcio, o ferro e o zinco. Mas, mesmo com essa importante concentração de minerais, a biodisponibilidade desses nutrientes, ou seja, a absorção e posterior ação deles em nosso organismo, ainda não é conhecida.

Assim, o objetivo da tese premiada foi avaliar o efeito do consumo de farinha de chia na biodisponibilidade de cálcio, ferro e zinco; no perfil de lipídio (que auxilia na identificação de irregularidades nas taxas de colesterol e triglicerídeos, por exemplo); na inflamação; no estresse oxidativo, ocasionador de danos celulares; e na saúde intestinal.

A análise utilizou a farinha de chia cultivada no Brasil (no Rio Grande do Sul) em três ensaios biológicos, dois deles com ratos, em crescimento e em condições de menopausa, e um com frangos (Gallus, gallus), todos de acordo com o Comitê de Ética para pesquisas com animais. De forma geral, os resultados demonstraram que o consumo de chia melhorou a saúde intestinal, as taxas de colesterol e triglicerídeos, o processo inflamatório e o estresse oxidativo nos animais analisados. O alimento contribuiu ainda para a absorção de ferro e zinco, mas apresentou baixa absorção de cálcio, quando utilizada como uma única fonte de cálcio na alimentação dos animais em crescimento.

Segundo a professora Dra. Hércia Martino, a pesquisa traz importantes contribuições para a área de Nutrição, como bioquímica da nutrição, dietética, compostos bioativos na saúde humana, biodisponibilidade de minerais e microbiota intestinal. Ela afirmou que “conhecer novas propriedades biológicas das substâncias bioativas presentes nos alimentos, como a chia, torna-se importante para dar subsídios às prescrições alimentares para que a população possa ser orientada nas escolhas alimentares saudáveis dos alimentos a serem consumidos”. E destacou: “este prêmio vem nos encorajar a seguir pesquisando para que possamos cada vez descobrir novas propriedades nutricionais dos alimentos e contribuir com a ciência da Nutrição. A chia continua sendo foco de pesquisa em nosso grupo na busca de novos conhecimentos”.

A pesquisa premiada tem ainda abrangência internacional, já que durante a realização da tese, Bárbara participou de doutorado sanduíche no Centro de Agricultura e Saúde da Universidade Cornell, nos Estados Unidos.

Acesse a notícia completa na página da UFV.

Fonte: Sabrina Areias, Divulgação Institucional da UFV. Imagem: Pixabay.

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