Notícia
Pesquisa alerta para o perigo dos agrotóxicos aos agricultores
Pesquisa constatou que agricultores que trabalham com aplicação rotineira de agrotóxicos (inseticidas, fungicidas e herbicidas) têm maior quantidade de danos em seu DNA
Divulgação, UTFPR
Fonte
UTFPR | Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Data
sexta-feira, 17 maio 2019 10:15
Áreas
Agricultura. Agronomia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Ciências Agrárias
Quando nos deparamos com notícias sobre o perigo dos agrotóxicos, sempre pensamos na população que vive próximo às regiões agrícolas. Esquecemos dos agricultores que mantém contato direto com as substâncias. Estes trabalhadores estão diariamente em contato com pesticidas químicos e, muitas vezes, fazem isso por vários anos.
Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em Dois Vizinhos, constatou que agricultores que trabalham com aplicação rotineira de agrotóxicos (inseticidas, fungicidas e herbicidas) têm maior quantidade de danos em seu DNA, quando comparados a trabalhadores de outras áreas. A pesquisa, realizada pela bióloga Ana Flavia Marcelino e pela professora Dra. Nédia de Castilhos Ghisi, coletou amostras de células de sangue e mucosa oral de voluntários de dois grupos distintos de trabalhadores: agricultores e não agricultores. As células foram analisadas por técnicas laboratoriais para avaliação de danos ao material genético.
Constatado o maior índice de danos nos agricultores, as pesquisadoras promoveram uma ação de conscientização com os participantes do projeto, informando-os dos resultados e alertando-os sobre os riscos.
As lesões ao material genético (DNA) podem ser provocadas por diversas substâncias que convivemos, dentre elas os agrotóxicos. Os danos podem ocorrer naturalmente e tendem a ser reparados pelas próprias células do corpo. Porém, quando a exposição a agentes é frequente, pode haver dificuldades nos sistemas de reparo, levando ao acúmulo destes danos no DNA. No caso dos agricultores, estes relataram realizar dez ou mais aplicações de pesticidas por ano.
O principal risco deste tipo de dano é que ele quebra o DNA, afetando a reprodução das células, prejudicando o funcionamento de alguns genes e, com isso, eleva-se o risco de formação e desenvolvimento de tumores.
A orientação das pesquisadoras também destacou a importância do uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para proteger o agricultor do contato direto com o agrotóxico. “Ele deve, obrigatoriamente, ser utilizado ao manipular ou aplicar qualquer quantidade destes produtos”, explica a professora.
Acesse a notícia completa na página da UTFPR.
Fonte: UTFPR. Imagem: Divulgação, UTFPR.
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