Notícia

O super alimento da natureza

A amamentação por livre demanda é prática incentivada por Comitê de Aleitamento Materno do HUSM e traz benefícios como a formação da flora intestinal e a proteção de doenças

Pexels

Fonte

Revista ARCO da UFSM 

Data

terça-feira, 31 agosto 2021 10:20

Áreas

Nutrição Materno Infantil. Saúde Pública

“O leite materno é a base da vida”. Essa frase é da professora Dra. Beatriz da Silveira Porto, do Departamento de Pediatria e Puericultura do Centro de Ciências da Saúde da UFSM. Para a professora, que também é Coordenadora do Comitê de Aleitamento Materno do HUSM/UFSM, o leite materno é o melhor alimento para o bebê – mesmo prematuro, pois tem um grande poder para o desenvolvimento e é determinante na saúde do mesmo. “É um alimento espécie-específico, aprimorado por milhares de anos para o filhote humano. É um alimento vivo, produzido especificamente para o bebê e, por isso, o mais indicado sob qualquer ponto de vista”, complementa. O leite materno está ligado ao desenvolvimento nutricional, metabólico, imunológico, motor e cognitivo.

Entre os benefícios do aleitamento materno desde os primeiros minutos de vida está a formação da microbiota intestinal, também conhecida como flora intestinal. Ela é um conjunto de microorganismos, formado de bactérias, que vivem e se desenvolvem no intestino, mas que são benéficas para a saúde humana e a influenciam do nascer até a idade adulta. A microbiota não existe no intra-útero, ou seja, dentro do útero da mãe, e começa a ser formada a partir do nascimento do bebê. “Ela começa a se desenvolver no momento que o neném nasce. Então aquele primeiro alimento que você coloca é aquele que vai dar a base para aquela plantação, e isso vai até o resto da vida”, explica Beatriz.

Outra vantagem do leite materno como alimento principal é na prevenção de doenças. Isso acontece pela prevenção de gatilhos que podem ser ativados nos dois primeiros anos de vida de um ser humano. Estes podem ser de herança genética, que são maleáveis nesse período. Para a Dra. Beatriz Silveira Porto, quando há um desbalance importante nesse início, há possibilidade de ativação desses gatilhos e, como consequência, problemas de saúde na idade adulta. Com a amamentação, a criança está mais protegida dessa ativação. Como exemplos ela cita a proteção contra obesidade, síndromes metabólicas, doenças cardiovasculares e diabetes.

Além disso, o leite materno também ajuda no desenvolvimento cerebral e no aumento dos índices de quociente intelectual. É possível observar os pequenos progressos que a criança tem nos primeiros meses de vida, como a descoberta dos dedos, mãos e pés, os movimentos dos braços e pernas, o olhar atento para o mundo à sua volta. Com o passar dos meses, o bebê começa a segurar objetos, fazer sons e buscar a repetição dos sons que ouve. O ganho de peso também tem a ver com isso: “Nos primeiros três meses de vida, ela [a criança] ganha tanto peso, a velocidade de crescimento dela é tão grande que é como se a gente fosse de cinquenta para noventa quilos em três meses”, explica a Dra. Beatriz.

Agosto Dourado e a livre demanda

Agosto Dourado é considerado o mês do incentivo ao aleitamento materno. A cor faz referência ao leite materno, avaliado como “alimento de ouro”, uma vez que tem tudo que o bebê necessita para um crescimento saudável. Além disso, a intenção é que haja incentivo ao aleitamento por livre demanda.

O movimento é mundial, e o lema da Semana de Aleitamento Materno deste ano, que aconteceu de 1º a 7 de agosto, foi “Proteger o Aleitamento Materno: Uma responsabilidade compartilhada”. Paola Souza Castro Weis, enfermeira assistencial no HUSM e consultora em Aleitamento Materno, explica que o tema leva em conta que amamentar é um direito de todos. “O bebê que é alimentado no peito demanda mais, com certeza. A gente defende a amamentação por livre demanda, que é quando o bebê vai mamar sempre que precisar”, reitera. Ela expõe que, nesse sistema, a metabolização do alimento é mais rápida, assim como a evacuação. Por ser um alimento ajustado ao bebê, a metabolização é feita naturalmente e o estômago esvazia mais rapidamente. Por isso que um bebê mama em intervalos curtos, geralmente de duas em duas horas.

Acesse a notícia completa na UFSM.

Fonte: Samara Wobeto, Revista Arco, UFSM. Imagem: Pexels.

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