Notícia

Novos dados demonstram o papel potencial da suplementação de probióticos em adultos com transtorno depressivo

Fonte

King's College London

Data

quarta-feira, 14 junho 2023 20:25

Áreas

Ciência e Tecnologia de Alimentos . Engenharia de Alimentos. Nutrição Clínica. Nutrição Funcional. Saúde Pública

Uma nova pesquisa liderada pelo Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência (IoPPN) do King’s College London, em parceria com a ADM Protexin, mostrou melhorias nos escores de depressão e ansiedade entre indivíduos suplementados com probióticos juntamente com medicamentos antidepressivos padrão.

Pesquisadores encontraram evidências de que suplementar a dieta com uma mistura probiótica contendo 14 cepas de bactérias pode ajudar indivíduos que estão sendo tratados para transtorno depressivo com antidepressivos. Publicado na revista científica JAMA Psychiatry, o estudo demonstrou o potencial da suplementação probiótica para apoiar melhorias nos escores múltiplos de depressão e ansiedade durante um período de oito semanas.

O estudo piloto é um dos primeiros ensaios em uma população ocidental a mostrar boa tolerabilidade de probióticos e efeitos positivos na saúde mental em adultos com depressão que atualmente tomam antidepressivos. De acordo com os pesquisadores que lideraram o estudo, os resultados fornecem uma base sólida para investigar ainda mais os benefícios desse suplemento alimentar probiótico para apoiar o humor e a saúde mental em um estudo maior.

Há evidências crescentes de que a microbiota intestinal (a vasta e dinâmica comunidade de microorganismos que habitam o intestino) tem um papel a desempenhar na regulação do humor. O estudo foi duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, concebido como uma exploração inicial para saber se a melhoria da saúde intestinal por meio do uso de probióticos – suplementos contendo bactérias benéficas – poderia atuar como um novo caminho para apoiar o humor e a saúde mental.

Neste estudo piloto, 49 adultos com diagnóstico de transtorno depressivo e com uma resposta incompleta aos antidepressivos prescritos receberam um suplemento probiótico proprietário de 14 cepas amplamente disponível ou um placebo idêntico (24 recebendo o probiótico). Ao longo de oito semanas, ambos os grupos demonstraram melhora em seus sintomas, mas melhorias maiores foram observadas no grupo probiótico a partir da quarta semana. Melhorias significativas relatadas foram observadas, medidas em relação a escalas de classificação padrão-ouro para depressão e ansiedade.

“A resposta não ou parcial aos antidepressivos é um grande problema e este estudo é um primeiro passo importante para explorar o potencial terapêutico dos probióticos como tratamento para a depressão. Descobrimos que os probióticos eram um suplemento aceitável e tolerável em pessoas que já tomavam medicamentos antidepressivos. Isso agora abre caminho para estudos que analisam se vemos esses efeitos benéficos dos probióticos na depressão e ansiedade em populações maiores de pacientes”. disse o professor Dr. James Stone, pesquisador sênior do estudo que começou o trabalho no King’s IoPPN e agora está na Brighton and Sussex Medical School.

“O eixo intestino-cérebro é uma área verdadeiramente fascinante e em rápida evolução da pesquisa do microbioma. As descobertas deste estudo piloto são um passo importante em nossa compreensão do papel dos probióticos no humor e na saúde mental” disse a Dra. Viktoriya Nikolova, primeira autora do estudo da King’s IoPP.

O Dr. Richard Day, vice-presidente de Assuntos Médicos da ADM disse: “De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 5% dos adultos sofrem de depressão, com um número significativo falhando em responder completamente às opções de tratamento padrão. Este estudo é um dos poucos estudos clínicos a avaliar os benefícios de suplementar a dieta com probióticos junto com a medicação antidepressiva padrão. Esses resultados empolgantes aumentam nossa compreensão da ligação entre o microbioma intestinal e a saúde mental”.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do King’s College London (em inglês).

Fonte: King’s College London. Imagem: Freepik com adaptações.

 

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