Notícia
Novo biossensor detecta bactérias em alimentos e bebidas
O dispositivo é mais rápido na análise que os aparelhos convencionais, além de ter baixo custo
Rui Sintra, Jornal da USP
Fonte
Jornal da USP
Data
sexta-feira, 11 janeiro 2019 11:00
Áreas
Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos. Nutrição Coletividades
Um novo biossensor que detecta ameaças bacterianas em alimentos e bebidas foi desenvolvido recentemente na USP. O dispositivo foi concebido em parceria do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O dispositivo, que provou ser mais rápido que os métodos tradicionais, tem em sua gênese um filme nanoestruturado com eletrodos de prata fabricados no próprio IFSC (com tecnologia em fase de patenteamento) e nanopartículas magnéticas funcionalizadas com um peptídeo – a melitina. Esse peptídeo é retirado do ferrão de abelhas e interage especificamente com as bactérias. O dispositivo consegue detectar a presença de diferentes bactérias na carne, em peixes, vegetais, água potável, refrigerantes e sucos.
Em aproximadamente 20 minutos, o aparelho consegue concentrar uma colônia que esteja espalhada no alimento em um volume menor de amostra para análise. O que se mostrou uma vantagem sobre o método tradicional, em que se tem que analisar todo o volume ou massa, acompanhar o crescimento das bactérias e proceder à contagem das unidades que formam a colônia, o que pode demorar entre 24 e 72 horas.
Concebido para uso em diversas aplicações, o novo biossensor poderá ser utilizado no controle de qualidade em grandes superfícies em supermercados e restaurantes, ou em indústrias de alimentos e bebidas. A metodologia utilizada é simples: na análise de uma amostra de refrigerante, por exemplo, basta introduzir em uma parte do líquido as nanopartículas magnéticas impregnadas com o peptídeo melitina que, com ajuda de um imã, atrairão para o fundo do recipiente as bactérias existentes . Ao retirar-se o líquido que fica por cima, as bactérias pré-concentradas nas nanopartículas serão depositadas no eletrodo de prata para se proceder à devida análise e quantificação da colônia. No caso de alimentos sólidos, uma pequena amostra triturada, homogeneizada e filtrada bastará para fazer o mesmo procedimento.
Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.
Fonte: Rui Jorge Sintra/Comunicação IFSC, Jornal da USP. Imagem: Rui Sintra/Comunicação IFSC, Jornal da USP.
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