Notícia

Nova evidência do papel de proteção da vitamina D no câncer de mama

A suplementação de vitamina D pode estar associada a menor risco de câncer de mama

Pixabay

Fonte

Universidade de Adelaide

Data

quinta-feira, 23 janeiro 2020 10:20

Áreas

Nutrição Clínica

Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália e da Universidade Aga Khan, no Paquistão, reforça resultados da literatura científica que apontam que níveis deficientes de vitamina D sérica podem contribuir para o câncer de mama e sua correção pode desempenhar um papel importante na proteção contra o câncer de mama.

As descobertas publicadas na revista científica Plos One fornecem informações importantes sobre se o aumento dos níveis de vitamina D pode ajudar a prevenir o câncer de mama no Paquistão, um país que enfrenta a maior incidência de câncer de mama no sul da Ásia e tem um orçamento limitado para a saúde.

Nos últimos anos, o potencial papel protetor da vitamina D no câncer de mama tem sido objeto de considerável interesse, com resultados variados. Estudos genéticos e laboratoriais demonstram efeitos anticancerígenos promissores da vitamina D. Evidências limitadas de estudos em humanos sobre câncer de mama e vitamina D – principalmente em populações ocidentais – sugerem um papel protetor da vitamina D no câncer de mama.

Foi realizado um estudo multicêntrico de casos-controle em dois grandes hospitais de Karachi, no Paquistão. Os dados foram coletados de 400 casos de câncer de mama e 1194 mulheres sem câncer, que considerou status sociodemográfico, suplementação de vitamina D, histórico médico e reprodutivo, histórico familiar de câncer de mama e histórico de exposição ao sol e sangue para coleta do nível sérico de vitamina D.

Os resultados mostraram que mulheres com deficiência de vitamina D estavam em maior risco de câncer de mama em comparação com mulheres com nível adequado de vitamina D. Outro achado foi que a suplementação de vitamina D foi associada a menor risco de câncer de mama.

Os achados mantiveram-se verdadeiros depois que os resultados da análise foram ajustados para fatores de risco comuns para câncer de mama, como idade da participante no primeiro nascimento, número de filhos, idade da menarca e menopausa, índice de massa corporal (IMC), duração da amamentação e densidade mamária. Uma descoberta surpreendente no estudo foi que não houve associação de fatores de risco comuns ao câncer de mama entre as participantes do estudo.

“Encontrar uma associação significativa entre a deficiência de vitamina D e o câncer de mama é importante, pois a prevalência de deficiência de vitamina D e câncer de mama é alta entre as mulheres paquistanesas”, disse a Dra. Uzma Shamsi, da Universidade de Adelaide e pesquisadora principal do estudo.

“Nas mulheres paquistanesas, o aumento e a manutenção do nível sérico de vitamina D na população podem ser alcançados através de campanhas de conscientização pública, através de mudanças no estilo de vida que promovem exposição solar, consumo de alimentos que contenham vitamina D e alimentos enriquecidos com vitamina D e uso de suplementos de vitamina D. Considerando a alta prevalência de deficiência de vitamina D entre as mulheres, mais investimentos devem ser direcionados para essas intervenções”, ressaltou a especialista.

Embora as descobertas sejam animadoras e ajudem a resolver questões importantes relacionadas à vitamina D e ao câncer de mama, os pesquisadores são cautelosos quanto à sua conclusão e interpretação.

‘No entanto, não é possível provar a relação causal entre a vitamina D e o câncer de mama devido à limitação atual do estudo. São necessários estudos moleculares de alta qualidade para tirar conclusões mais firmes e esclarecer essa associação em uma relação dose-resposta. Os avanços mais recentes nas ciências laboratoriais e a medição dos níveis de vitamina D diretamente no tecido mamário ajudarão a melhorar nosso entendimento da relação causal entre vitamina D e câncer de mama para estratégias de prevenção”, concluiu a Dra. Uzma Shamsi.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na Universidade de Adelaide (em inglês).

Fonte: Robyn Mills, Universidade de Adelaide.  Imagem: Pixabay.

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