Notícia

Macroalga e probiótico para produção de tilápia

Instituto de Pesca apresenta tecnologia para obtenção de estimulante agrícola a partir de macroalga marinha

Divulgação

Fonte

APTA | Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Data

sábado, 28 abril 2018 09:30

Áreas

Agricultura. Agronegócio

Segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o mercado mundial de plantas aquáticas movimentou US$ 11,4 bilhões em 2016, com uma produção total de 30,1 milhões de toneladas. De olho na importância econômica desse mercado, o Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolve desde 1995 estudos com a macroalga marinha Kappaphycus alvarezii, que apresenta potencial de aplicação em diversos segmentos da indústria, como o de biofertilizantes, biocombustíveis, cosméticos, rações, dentre outros.

Os resultados preliminares do projeto de pesquisa intitulado “Desenvolvimento ordenado e potencial da produção da macroalga Kappaphycus alvarezii no Estado de São Paulo para a extração do biofertilizante”, realizado pelo Instituto de Pesca em parceria com a Faculdade de Engenharia Agrícola (Fepagri), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), serão apresentados ao público entre os dias 30 de abril e 4 de maio durante a Agrishow 2018.

De acordo com a pesquisadora do IP Valéria Cress Gelli, que coordena o projeto, os resultados obtidos demonstraram que o extrato da macroalga K. alvarezii pode ser considerado um estimulante agrícola e sua eficiência já foi comprovada também em diversos estudos.

“Os testes preliminares que realizamos na Feagri/Unicamp demonstraram que o extrato da macroalga K. alvarezii em uma concentração de 2% resultou em um aumento de produtividade de aproximadamente 25% na cultura da alface quando comparado aos biofertilizantes comerciais. Novos testes devem ser realizados, porém a eficiência deste extrato tem sido estudada mundialmente com sucesso em outras culturas, como, por exemplo, a da soja, pimentão, milho, cana, trigo”, diz a pesquisadora.

Outro ponto positivo da utilização da macroalga para esse fim é que o produto é biodegradável e previne doenças nas lavouras, principalmente as causadas por fungos e bactérias, conta Valéria.

“Nos últimos anos, o mercado de alimentos orgânicos tem crescido, mas a produtividade por área ainda é um entrave. Neste sentido, o estimulante agrícola extraído da macroalga K. alvarezii poderia ser uma alternativa utilizada para aumentar a produtividade sem comprometer a certificação dos produtos”, explica.

Esse projeto também tem o objetivo de desenvolver de forma sustentada, ordenada e responsável o cultivo de algas, ou algicultura, no litoral norte de São Paulo, a fim de que se torne uma alternativa de trabalho e renda para as comunidades litorâneas, em particular aquelas relacionadas à produção aquícola familiar e/ou artesanal.

“Nos estudos de viabilidade econômica realizados, concluímos que a produção do extrato da macroalga, de forma artesanal, passa a ser rentável a partir de áreas de cultivo de 2.000 m² de lâmina d’água. Além destes estudos de eficiência econômica, estamos também realizando pesquisas com o uso de geotecnologias para o ordenamento espacial da atividade em todo o litoral norte de São Paulo, com o objetivo de colaborar nas políticas públicas da maricultura paulista”, conta o Dr. Jansle Vieira Rocha, professor e pesquisador da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp.

Probiótico para tilápia desenvolvido pelo Instituto de Pesca

Com produção estimada 357 mil toneladas em 2017, a tilápia é atualmente o peixe mais cultivado no Brasil. Tendo em vista sua importância econômica para a aquicultura brasileira e a necessidade de aumento de produtividade das fazendas aquícolas, pesquisadores do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estão em fase final de desenvolvimento de um probiótico específico para tilápias. A tecnologia será apresentada para o público durante a Agrishow 2018.

De acordo com a Dra. Danielle de Carla Dias, pesquisadora que integra a equipe do IP, foram selecionadas quatro cepas de bactérias com potencial probiótico, que estão sendo produzidas em industrialmente para realizar os experimentos in vivo. Ela destaca que nos testes realizados em laboratório, esses probióticos inibiram in vitro as três principais bactérias patogênicas que ocorrem na tilapicultura brasileira – Aeromonas hydrophila, Francisella noatunensis subespécie orientalis e Streptococcus agalactiae.

Acesse a matéria completa na APTA.

Fonte: Leonardo Chagas, Assessor de Imprensa – IP-APTA.  Imagem: Divulgação.

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