Notícia
Inclusão de insetos na alimentação animal reduz desnutrição e obesidade
Pesquisadores de Montes Claros produzem espécies em cativeiro e buscam linhagens para melhorar disponibilidade de nutrientes
Amanda Lelis, UFMG
Fonte
UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais
Data
sábado, 22 setembro 2018 11:55
Áreas
Ciência e Tecnologia de Alimentos . Ciências Agrárias. Engenharia de Alimentos. Nutrição Coletividades. Zootecnia
A inclusão de farinha de insetos na dieta de camundongos é eficaz na redução da desnutrição e da obesidade, segundo indica uma série de pesquisas que estão sendo realizadas no Instituto de Ciências Agrárias (ICA), em Montes Claros. Os estudos também buscam definir protocolo de produção de insetos em cativeiro, para alimentação animal e humana.
Os pesquisadores envolvidos defendem que insetos são fonte de proteína alternativa às tradicionalmente utilizadas, pois aliam oferta de alto índice de nutrientes com sustentabilidade produtiva. “Insetos podem gerar proteína de alta qualidade nutricional com resíduos orgânicos de baixo valor agregado. Também consomem menos água e menos energia, além de emitirem menos gases de efeito estufa que outros animais de produção comumente utilizados na alimentação humana”, afirma o zootecnista e professor do ICA Dr. Diego Vicente da Costa.
Os resultados da pesquisa demonstraram a eficácia da inclusão de farinha de insetos na dieta de aves, peixes, cães, gatos e camundongos, sendo os últimos o principal modelo animal para estudos de nutrição humana. “Utilizamos dois modelos: camundongos obesos e desnutridos. Os obesos emagreceram, e os desnutridos, engordaram. Parece haver algum componente na farinha de insetos que modula o metabolismo desses animais”, observa o professor. O trabalho sugere que insetos podem ser usados no combate à desnutrição humana e controle de doenças metabólicas, como a obesidade.
O grupo de pesquisadores está desenvolvendo em cativeiro a produção de insetos como grilos, tenébrios, que são um tipo de besouro, e barata cinérea, espécie que difere da barata doméstica. Para a produção industrial em larga escala, é necessário protocolo que oriente as melhores práticas de criação e manejo dos animais, a fim de assegurar produtividade e segurança alimentar.
Os resultados dos estudos podem dar suporte técnico e científico à regulamentação do uso de insetos na alimentação humana ou animal. “O produtor poderá se beneficiar do estabelecimento e da adequação dos processos de produção dos insetos em cativeiro, em conformidade com os regulamentos técnicos que devem ser criados. O consumidor, por sua vez, terá a garantia de um produto de alta qualidade nutricional e sanitária”, ressalta o Dr. Diego Costa. Parte dos estudos é realizada em parceria com a Universidade Federal de Lavras.
Acesse a notícia completa na página da UFMG.
Fonte: Amanda Lelis, Cedecom Montes Claros. Imagem: Amanda Lelis, UFMG.
Em suas publicações, o Canal Nutrição da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Nutrição tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Canal Nutrição e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Nutrição, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Por favor, faça Login para comentar