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Horta comunitária da UFRN recebe reconhecimento da ONU

Com o tema central “Jardins Comunitários para a Democracia Alimentar”, o projeto foi selecionado em uma chamada pública no Fórum da ONU.

Divulgação

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

sexta-feira, 16 março 2018 10:20

Áreas

Agricultura. Educação Nutricional. Nutrição de Coletividades

O conceito de Segurança Alimentar e Nutricional está relacionado ao direito de acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente para todos, com o intuito de promover saúde e diversidade cultural, ambiental, econômica e social. Baseada nessa concepção, a Horta Comunitária Nutrir, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi criada e, recentemente, indicada como uma experiência exitosa pelo Fórum Global de Segurança Alimentar e Nutricional da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com o tema central “Jardins Comunitários para a Democracia Alimentar”, o projeto foi selecionado em uma chamada pública no Fórum da ONU. Será compilado pelo comitê responsável e publicado em outubro deste ano em Roma (Itália), na 45ª sessão do Committee on World Food Security. Na opinião da coordenadora do projeto e professora do Departamento de Nutrição (DENUT) da UFRN, Dra. Michelle Jacob, a indicação mostra “que estamos caminhando na perspectiva de promover alimentação como direito humano e que estamos fazendo e pensando nutrição como projeto político”.

Além do DENUT, os Departamentos de Botânica e Zoologia (DBEZ) e Ecologia (DECOL), a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ) e o Núcleo de Educação da Infância (NEI) fazem parte do projeto de extensão, ensino e pesquisa, com a proposta de abordar a temática da democracia alimentar ao produzir e compartilhar informação sobre a biodiversidade brasileira e conhecimentos tradicionais relacionados à diversidade vegetal. Nessa perspectiva, no ano de 2017 foram realizadas 15 atividades de formação, como cursos e eventos de extensão, envolvendo 630 pessoas.

“Buscamos desenvolver estratégias que auxiliem na promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Um dos produtos que desenvolvemos foi criado coletivamente, com apoio da metodologia crowdsourcing (colaboração coletiva), com informações sobre feiras orgânicas, da agricultura familiar e agroecológicas em Natal”, explicou a Dra Michelle Jacob. Ela acrescentou que a ferramenta de tecnologia utilizada para mapear as informações foi o LabGov.0

Nutrir

A Horta está localizada no DENUT, com 10 m2, e foi concebida como projeto de melhoria da qualidade de ensino de graduação e, em seguida, tornou-se um projeto comunitário. Hoje, os principais objetivos são promover saúde, produzir alimentos bons, limpos e justos; ser uma horta viva e representativa da sociobiodiversidade brasileira; ter acessibilidade para ser inclusiva; criar espaço para convivência das pessoas; respeitar a diversidade e integralidade do ecossistema local, entre outras proposições

A atividade faz parte de sete disciplinas de caráter permanente, com a participação de alunos, professores e a comunidade externa, sendo cerca de 200 pessoas envolvidas e uma média de 20 pessoas por mutirão. A iniciativa conta com aproximadamente 90 espécies de diversas variedades cultivadas, como milho, manjericão e amaranto, por exemplo. “O nosso foco é trabalhar com a biodiversidade. Importante mencionar que nove dessas espécies são oficialmente reconhecidas como espécies nativas da sociobiodiversidade brasileira”, explica a Profa. Michelle Jacob.

Um dos focos do trabalho são as plantas alimentícias não convencionais (PANC), que são definidas como plantas e possuem uma ou mais categorias de uso alimentício, mesmo que não sejam comuns para a maioria da população da região. As PANCs são estudadas e cultivadas na Nutrir com o objetivo de colaborar com a construção e promoção de sistemas e dietas mais sustentáveis. “São uma opção alimentar acessível, de elevado valor nutricional, protetoras da sociobiodiversidade local e da soberania alimentar”, esclarece a docente.

Os alimentos colhidos são utilizados nas aulas práticas do curso de Nutrição ou, após o processamento dos alimentos em forma de compotas, confits ou geleias, são consumidos no mutirão pela equipe da comunidade. E, durante este semestre letivo há o planejamento de dar início ao uso dos resíduos produzidos nesses laboratórios para produzir compostos. Para conhecer melhor o projeto, acesse o site: www.nutrir.com.vc.

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Fonte: AGECOM, UFRN   Imagem: Divulgação

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