Notícia

Guia orienta pais sobre alimentação de bebês com fissura labiopalatina

O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP em Bauru desenvolveu um guia on-line com orientações para minimizar as dificuldades alimentares das crianças com fissura labiopalatina

Adauto Nascimento, Banco de imagens HRAC-USP

Fonte

Jornal da USP

Data

terça-feira, 11 junho 2019 10:05

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Materno Infantil

A fissura labiopalatina é a condição congênita mais comum entre as malformações que afetam a face do ser humano. Relacionada a uma combinação de fatores genéticos e ambientais, ela pode ser desde uma pequena cicatriz labial até fissuras complexas capazes de provocar alterações na fala.

Segundo a fonoaudióloga Dra. Rosana Prado de Oliveira, uma das maiores preocupações de pais, cuidadores e mesmo profissionais das maternidades é a alimentação dos bebês que nascem com essa condição. Por isso, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP em Bauru desenvolveu um guia on-line com orientações para minimizar as dificuldades alimentares dessas crianças.

A Dra. Rosana é uma das autoras do material, que contou também com a participação de outros profissionais de fonoaudiologia e pediatria do Centrinho e de outras instituições especializadas. Administração alimentar no recém-nascido com fissura labiopalatina já está disponível gratuitamente para qualquer interessado.

Adaptações e estratégias

De acordo com a Dra. Rosana, recém-nascidos com fissura labiopalatina podem apresentar dificuldades de sucção, deglutição excessiva de ar, refluxo de leite pelo nariz e fadiga durante o aleitamento, o que pode resultar na redução da quantidade ingerida e, consequentemente, em problemas de nutrição e crescimento.

“É perfeitamente possível, contudo, utilizar estratégias facilitadoras para alimentar o bebê com fissura de forma segura e adequada”, explica a fonoaudióloga. “É justamente isso que este guia vem detalhar, mostrando, em linguagem acessível, formas convencionais e alternativas de aleitamento, como a amamentação direta no seio materno, as adaptações posturais, o auxílio de minimamadeiras também conhecidas como ‘chuquinhas’, ou ainda mamadeira com um bico macio e furo que permita o gotejamento”.

As recomendações contidas no guia são específicas para recém-nascidos com fissura isolada de lábio e/ou palato, isto é, sem outros comprometimentos ou malformações associadas.

Do Centrinho, também participaram da elaboração do guia Dra. Jeniffer de Cássia Rillo Dutka, do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP e do Programa de Pós-Graduação do HRAC, e Dr. Hilton Coimbra Borgo, pediatra e chefe técnico do Departamento Hospitalar do Centrinho. Colaboraram ainda, de outras instituições, as fonoaudiólogas Dra. Ana Paula Bautzer, Dra. Camila Di Ninno, Daniela Barbosa, Eliana Midori Hanayama, Iracema Rocha, Italita Gomes Weyand, Lidia D’Agostino, Dra. Nídia Zambrana, Regianne Weitzberg, Rejane Gutierrez, Dra. Vera Cerruti e Dra. Zelita Guedes, e a pediatra Tatiane Selbach.

Reabilitação

A fissura labiopalatina é o comprometimento da fusão dos processos faciais durante a gestação. Ela pode ocorrer de forma isolada, estar associada a outras malformações ou ainda fazer parte de um quadro sindrômico. No Brasil, ela ocorre em uma a cada 650 crianças nascidas, considerando-se apenas pacientes com fissura isolada de lábio e/ou palato.

Acesse o Guia completo Administração alimentar no recém-nascido com fissura labiopalatina

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Adaptado da Assessoria de Imprensa HRAC-USP, Jornal da USP. Imagem: Adauto Nascimento, Banco de imagens HRAC-USP.

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