Notícia

Farmácia Natural: as frutas nativas brasileiras são fontes de substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias

As frutas nativas brasileiras são fontes de substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias, como de compostos fenólicos, os quais podem propiciar importantes benefícios para a saúde humana

Jackeline Soares, Esalq

Fonte

Esalq - USP| Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

Data

sábado, 21 abril 2018 13:30

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos

As frutas nativas brasileiras são fontes de substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias, bem como de uma grande diversidade de compostos fenólicos, os quais podem propiciar importantes benefícios para a saúde humana. Essa é a conclusão de um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq) e em parceria com a UNICAMP- Faculdade de Odontologia (FOP), avaliaram o potencial antioxidante, anti-inflamatório e a composição fenólica de dez frutas nativas brasileiras ainda pouco conhecidas.

De autoria da engenheira de alimentos Jackeline Cintra Soares, o estudo tem orientação do professor Severino Matias de Alencar, do departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. “O Brasil possui condições climáticas adequadas para o desenvolvimento de um grande número de frutas nativas e essa biodiversidade tem se tornado um caminho promissor para a descoberta de novos compostos bioativos capazes de ser utilizados na formulação de alimentos funcionais e medicamentos”, aponta Jackeline.

Segundo a pesquisadora, os compostos fenólicos apresentam ações específicas, podendo atuar como antioxidantes e anti-inflamatórios, assim prevenindo doenças crônicas não transmissíveis -DCNT. “Nosso objetivo foi avaliar a capacidade desativadora de espécies reativas de oxigênio (ERO) e nitrogênio (ERN), atividade anti-inflamatória in vitro e in vivo e a composição fenólica pela técnica de espectrometria de massas de alta resolução (LC-ESI-QTOF) de dez frutas nativas brasileiras ainda pouco conhecidas”.

Assim foram mapeadas o araçá-boi (Eugenia stipitata), o cambuití-cipó (Sagerectia elegans), o murici vermelho (Bysonima arthropoda), o murici guassú (Byrsonima lancifolia), o morango silvestre (Rubus rosaefolius), o cambuci (Campomanesia phaea), o jaracatiá-mamão (Jacaratia spinosa), o juquirioba (Solanum alterno-pinatum), o fruta-do-sabiá (Acnistus arborescens) e o cajá (Spondias mombin L.). Essas frutas foram coletadas no Sítio Frutas Raras, localizado na cidade de Campina do Monte Alegre – SP, exceto o cajá, que foi coletado na Fazenda Gameleira, município de Montes Claros de Goiás.

Foram identificados compostos fenólicos pertencentes a classe dos flavonoides (catequina, epicatequina, rutina, quercetina glicosilada, kaempeferol glicosilado, quercetina, procianidina B1 e procianidina B2), sub-classe do ácido hidroxibenzóico (ácido gálico) e sub-classe dos ácidos hidroxicinâmicos (ácido cumárico, ácido ferúlico e caféico).

Das frutas analisadas, o araçá-boi, cambuití-cipó, murici vermelho, morango silvestre e cajá foram as que apresentaram as maiores atividades antioxidantes e/ou anti-inflamatórias, cujo perfil fenólico indicou a presença de 18 compostos no araçá-boi, 32 no cambuití- cipó, 26 no murici vermelho e 20 e 11 compostos no morango silvestre e cajá, respectivamente.

Acesse a matéria completa no portal da Esalq.

Fonte: Esalq.  Imagem: Jackeline Soares, Esalq.

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