Notícia

Estudo permite produção das primeiras mudas de alfarroba do Brasil

Os frutos da alfarrobeira são um tipo de vagem entre dez e 25 centímetros, fonte de um alimento rico em fibras, conhecido por substituir o chocolate em dietas de baixas calorias e para indivíduos com sensibilidade ou alergia alimentar

 

Wikimedia Commons, arte

Fonte

UFPR | Universidade Federal do Paraná

Data

sexta-feira, 15 julho 2022 15:35

Áreas

Agricultura. Agronomia. Biotecnologia. Ciências Agrárias

O Brasil é o país com a maior diversidade de árvores do planeta, em seu território estão 8.715 espécies de árvores, o que corresponde a 14% das existentes no mundo. Até pouco tempo, essa porcentagem não incluía uma espécie frondosa de cerca de dez metros de altura, tronco castanho e irregular — de casca lisa e com algumas saliências —, a alfarrobeira (Ceratonia siliqua).

De folhas perenes, que permanecem o ano todo, a árvore costuma florir uma vez ao ano, entre agosto e outubro, e seus frutos, um tipo de vagem que mede entre dez e 25 centímetros, são a fonte de um alimento rico em fibras, já conhecido por substituir o chocolate em dietas de baixas calorias e para indivíduos com sensibilidade ou alergia alimentar.

A alfarroba, fruto dessa planta típica da região do Mediterrâneo — bastante disseminada pela África e pela Europa —, pode chegar ao cotidiano dos brasileiros de forma mais ágil e barata dentro de pouco tempo e facilitar a vida de indivíduos com intolerâncias alimentares, alguns dos principais consumidores do produto.

Isso porque pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Agronomia e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Estaquia (Gepe) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) conseguiram introduzir a espécie, de forma pioneira, no Brasil.

Ao saberem que empresas locais importam dezenas de toneladas de farinha de alfarroba anualmente, a professora Dra.Katia Christina Zuffellato Ribas e seu orientando de doutorado, Leandro Porto Latoh, resolveram importar sementes de alfarrobeira, com fins de pesquisa acadêmica, para a produção de mudas dessa espécie no Brasil. A tese de doutorado que Leandro Latoh está desenvolvendo viabilizou o processo, desde os trâmites legais até os experimentos práticos.

Já foram produzidas pouco mais de 1,6 mil mudas, a maior parte delas usadas em análises bioquímicas. Aproximadamente 400 mudas são cultivadas a cada três meses ao longo dos experimentos.

Até chegar a essa etapa, porém, foi preciso submeter a proposta aos órgãos públicos responsáveis por avaliar a introdução da espécie exótica no País. O processo é complexo, tendo em vista que é preciso precaução para evitar a contaminação e a introdução de novas pragas e patógenos em território nacional.

A introdução da alfarrobeira no Brasil, em termos de pesquisa, levou em torno de dois anos, tempo mais longo que o usual, devido à pandemia de Covid-19, que ocasionou o bloqueio de fronteiras e demais agentes logísticos.

Acesse a notícia completa na página da UFPR.

Fonte: Jéssica Tokarski, UFPR. Imagem: Wikimedia Commons, arte.

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