Notícia

Estudo destaca a necessidade urgente de ensinar hábitos saudáveis na escola

Pesquisadores compararam mais de 2.200 crianças e concluíram que a alimentação saudável ​​na escola, a prática de exercícios físicos e o ensino em sala de aula sobre comportamento saudável melhoram IMC e circunferência abdominal das crianças

Freepik

Fonte

Universidade Maastricht

Data

segunda-feira, 28 setembro 2020 16:15

Áreas

Alimentação Escolar. Educação Nutricional

A saúde das crianças melhora com merenda saudável ​​na escola, com exercícios variados e com abordagens sobre comportamento saudável em sala de aula. Estas são as conclusões do projeto ‘Escola Primária Saudável do Futuro‘, que ocorre na região de Limburg, nos Países Baixos, área com um nível relativamente alto de problemas de saúde entre a população.

Pesquisadores da Universidade Maastricht, nos Países Baixos, acompanharam mais de 2.200 crianças de quatro escolas que seguiram as diretrizes do projeto e quatro escolas com procedimentos normais durante quatro anos. Os especialistas ficaram chocados com as grandes diferenças de saúde entre as crianças dessas escolas e estão fazendo um apelo urgente aos formuladores de políticas, diretores escolares e governo: não fazer nada não é uma opção.

No estudo foi observado que o índice de massa corporal (IMC) das crianças nas escolas primárias que seguiram as diretrizes do projeto foi muito melhor após quatro anos em comparação com o grupo de crianças nas escolas controle (que foram seguidas sem receber e seguir as orientações). Todas as crianças nas escolas do projeto tiveram um peso mais saudável, enquanto o peso das crianças nas escolas de controle apenas aumentou, às vezes de forma alarmante.

Ainda mais importante do que o peso expresso no IMC como preditor de doenças crônicas, como diabetes ou doenças cardiovasculares, é  a circunferência abdominal. A medida do “tamanho da barriga” reflete a quantidade de gordura abdominal, que está relacionada com o risco de diabetes e hipertensão. A circunferência abdominal também melhorou consideravelmente nas crianças das escolas que seguiram as diretrizes do projeto.

Em termos de hábitos alimentares, as escolas do projeto “Escola Primária Saudável do Futuro” têm visto um aumento significativo no número de crianças que optam por beber água na escola em vez de bebidas doces. Outro resultado marcante nessas escolas é a melhoria do clima em sala de aula, com redução do bullying.

Expansão do projeto

Dadas as diferenças impressionantes em comparação com as escolas de controle, a mensagem central dos pesquisadores para os formuladores de políticas, a indústria de alimentos e o governo é que uma ação é necessária. Mais da metade da população holandesa está acima do peso. Obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e pulmonares são comuns na Holanda.

Um número crescente de crianças também está desenvolvendo doenças crônicas devido a um estilo de vida pouco saudável, resultando em declínio do desempenho educacional e aumento da desigualdade social.

Segundo os pesquisadores, o projeto “Escola Primária Saudável do Futuro” demonstra claramente que quanto mais jovem você começa a aprender a adotar um estilo de vida saudável, maior será o efeito em longo prazo. Além disso, os filhos levam os hábitos saudáveis ​​para casa, incentivando a mudança de comportamento dos pais. Isso é especialmente benéfico para as famílias mais vulneráveis. É uma das razões pelas quais os iniciadores do projeto estão expandindo o projeto para incluir escolas em outras partes da Holanda.

Sobre a Escola Primária Saudável do Futuro

O objetivo do projeto “Escola Primária Saudável do Futuro” é investigar se as crianças que recebem uma rotina diária estruturada na escola primária, com tempo suficiente para educação, esportes, exercícios, brincadeiras e atenção à alimentação saudável, alcançam uma melhora física, emocional e crescimento intelectual. O programa, que é único em Limburg e nos Países Baixos, é uma iniciativa da Província de Limburg, da Fundação Educacional MOVARE, do serviço de saúde pública GGD South Limburg, da Universidade Maastricht e de organizações de creches e grupos de recreação, em colaboração com muitos organizações privadas e sociais.

Acesse a notícia na página da Universidade Maastricht (em inglês).

Fonte: Universidade Maastricht.  Imagem: Freepik.

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