Notícia

Estudo desenvolve chá comestível em formato de bolinha

Fonte

UFU | Universidade Federal de Uberlândia

Data

segunda-feira, 10 dezembro 2018 10:00

Áreas

Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nutrição Funcional

O chá é uma das bebidas mais consumidas no mundo e cai muito bem nos dias frios ou quando o corpo está cansado em razão de um resfriado. Essa bebida, que também previne doenças, costuma ser tomada pela população por meio da infusão da água com a erva. Porém, em breve, poderá ser experimentada em um novo formato.

Essa é a proposta do estudo da mestranda Ana Paula Rehder, orientada pelo professor Dr. Marcos Antonio de Souza Barrozo, no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PPGeq), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

A ideia é juntar os compostos presentes no chá e formar uma “bolinha”, por meio de um processo denominado aglomeração. Dessa forma, o chá se torna visualmente mais interessante e com um paladar mais agradável, já que será possível adicionar substâncias que contribuem para a absorção dessa bebida, como, por exemplo, o chocolate.

A transformação

Para chegar ao produto final, foi necessário realizar alguns procedimentos. Na primeira etapa da pesquisa, que iniciou no segundo semestre de 2017,  Rehder fez análises para identificar o nível de compostos bioativos presentes no “chá gelado”, produto escolhido para o estudo. A bebida é uma mistura de chá branco, verde, menta e hortelã.

Para isso, foi utilizado um equipamento denominado HPLC, que realiza a cromatografia líquida de alta eficiência – um método de separação de compostos químicos em solução. Os resultados identificaram compostos bioativos que auxiliam na prevenção de várias doenças.

O próximo passo, ainda em desenvolvimento, é transformar o formato do chá: o pó passa a ser bolinhas. Nessa etapa, é necessário utilizar um equipamento semelhante a um cilindro, sendo possível alterar sua inclinação para formar os grânulos do tamanho desejado.

Rehder explica que a mudança na forma visa proporcionar uma ingestão maior dos compostos presentes na bebida. “Inicialmente estamos fazendo as bolinhas, mas o próximo passo é tornar comestível e analisar o que é melhor. Nos estudos que extraímos os compostos, a gente viu que com a água se extrai muito menos. Às vezes só tomando a infusão do chá não dá para ingerir todos os compostos que ele possui”, explica.

Acesse a notícia completa na página da UFU.

Fonte: Natália Spolaor, UFU. Imagem: Milton Santos, UFU.

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