Notícia
Estudo confirma potencial prebiótico dos frutos puçá e gabiroba
A análise realizada com os resíduos dos frutos da gabiroba e puçá identificou a propriedade que favorece a multiplicação de bactérias benéficas à digestão
Wikimedia Commons
Fonte
UFG | Universidade Federal de Goiás
Data
quarta-feira, 13 janeiro 2021 16:25
Áreas
Ciência e Tecnologia de Alimentos . Engenharia de Alimentos. Gastronomia. Nutrição Clínica. Nutrição Funcional
Estudo realizado no âmbito da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Goiás (UFG) revelou o potencial prebiótico das cascas e sementes dos frutos do Cerrado puçá e gabiroba. A análise realizada com os resíduos dos frutos identificou a propriedade que favorece a multiplicação de bactérias benéficas à digestão. De acordo com a pesquisa, a utilização dos resíduos pela indústria de alimentos pode evitar o desperdício e, assim, diminuir o impacto ambiental causado pela geração excessiva de restos descartados dos frutos.
A pesquisa realizada pela acadêmica de mestrado, Jéssica Barbosa, e orientada pela professora, Dra. Patrícia Tette, consiste na avaliação do potencial prebiótico in vitro dos resíduos dos frutos, onde são colhidas apenas suas cascas e sementes. São então determinadas as características físico-químicas do material, além da capacidade de culturas das bactérias Lactobacillus e Bifidobacterium em utilizar os resíduos dos frutos como fonte de energia. É analisado também o efeito dos resíduos sobre a atividade metabólica bacteriana, que é relacionada ao consumo de açúcares e produção de ácidos orgânicos.
Além do potencial prebiótico descoberto dos resíduos, conclui-se que os objetos de pesquisa possuem alta qualidade nutricional e potencial tecnológico, podendo ser inseridos na alimentação humana de forma eficaz e também comercializados na indústria alimentícia. O puçá é rico em vitamina C, carotenóides, antocianinas e flavonóides. A gabiroba, por sua vez, apresenta fibras, ferro, potássio e cálcio, determinando os altos níveis de antioxidantes de ambos. O impacto ambiental negativo, que poderia ser causado pelo excesso dos subprodutos dos frutos, dá lugar à reutilização da matéria-prima em forma de compotas, geleias, sorvetes, picolés e sucos, com boa aceitação sensorial.
Desenvolvida no Laboratório de Controle Higiênico-Sanitário de Alimentos (LCHSA) e no Laboratório de Nutrição e Análise de Alimentos (LANAL), ambos da FANUT, a pesquisa é parte do PRE-PROBIO, um grupo de estudos destinado ao aperfeiçoamento de práticas científicas com foco no contexto de pre, pro e simbióticos. São também desenvolvidos neste grupo estudos com outros resíduos de frutos do Cerrado, como o baru e o pequi.
Acesse a notícia na página da UFG.
Fonte: Secom-UFG. Imagem: Wikimedia Commons.
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