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Estudo analisa a expansão do vegetarianismo entre os jovens

Preocupação com o meio ambiente é a maior motivação para a adesão de hábitos alimentares sem carne

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Fonte

PUCRS | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Data

terça-feira, 20 outubro 2020 16:25

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Nutrição Coletividades

Cerca de 14% da população brasileira se declara vegetariana de acordo com levantamentos realizados em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A porcentagem representa um aumento de 75% desde 2012, chegando a aproximadamente 30 milhões de pessoas que passaram a aderir hábitos alimentares sem carne no País. No Rio Grande do Sul, 10% da população é adepta à alimentação vegetariana ou vegana, e o Estado já é o 3º com mais inscritos no site Mapa Veg.

Comemorado  o Dia Mundial da Alimentação busca conscientizar a população sobre a importância da nutrição e alimentação adequada. Dentre os hábitos alimentares que ganharam popularidade nos últimos anos, o vegetarianismo tem se destacado, principalmente entre as novas gerações. Para entender a expansão desse cenário, estudantes da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos desenvolveram uma pesquisa que analisa as tendências de comportamentos alimentares de jovens.

“Sabemos que a comida tem um grande papel social. Família, amigos e tradições locais influenciam diretamente no comportamento alimentar. O que vimos com o estudo é que os hábitos estão mudando e essa tendência é muito forte. Os respondentes da pesquisa acreditam nisso e afirmaram que o consumo de carne vai diminuir bastante nos próximos anos”, comenta Fernanda Koiky, aluna do curso de Publicidade e Propaganda e uma das responsáveis pelo desenvolvimento do levantamento.

O estudo foi realizado pelas estudantes Cristiane Andrade, Fernanda Koiky, Gabrielly Souza, Julia Rocha, Laura Giordani e Maria Luiza Olsson, na disciplina de Projeto de Pesquisa em Publicidade e Propaganda, ministrada pelo professor Ilton Teitelbaum. A pesquisa contou com a participação de mais de 250 pessoas entre 18 e 24 anos, moradores de Porto Alegre e da região metropolitana.

Motivações e dificuldades

O levantamento apontou que para 86,30% dos jovens entrevistados a principal motivação para adesão ao vegetarianismo é a preocupação com o meio ambiente. Outra causa destacada pelo estudo é a proteção aos animais – 80,82% dos jovens apontam que retiraram as carnes das refeições para diminuir os maus tratos. A preocupação com a própria saúde, porém, não está entre as maiores motivações. Apenas 33,56% dos jovens responderam que a relação entre a dieta sem carne e a saúde é um dos motivos para a aderência ao vegetarianismo.

A pesquisa também destacou que para a maioria dos jovens (60,87%) o principal empecilho para que se tornem vegetarianos é o consumo de carne pela família. A falta de vontade de aderir ao vegetarianismo, o apego à culinária tradicional da região e a dificuldade de cozinhar ou encontrar alimentos sem origem animal também são empecilhos ressaltados.

Apesar das dificuldades, mais de 86% dos jovens consideram importante o aumento da adesão ao vegetarianismo, principalmente por questões relacionadas ao meio ambiente.

Pela causa ambiental

A pesquisa destaca que entre os problemas ambientais causados pela atividade pecuária estão o efeito estufa, as mudanças climáticas, o desmatamento e a poluição das águas. Segundo os dados, para produzir apenas um quilo de carne bovina, são utilizados de 10 mil a 20 mil litros de água. “A minha maior motivação para optar pelo vegetarianismo foi a causa ambiental. Gasto de água e poluição na camada de ozônio são consequências que a indústria bovina causa para o mundo”, destaca um dos jovens entrevistados durante o estudo realizado pela Famecos.

Maior acesso à informação favorece a mudança de hábitos

De acordo com o levantamento, para os jovens o vegetarianismo não se trata de um modismo, e sim de uma identificação com princípios. Para os entrevistados, o aumento da adesão às dietas sem carne é resultado de uma construção, visto que o tema é uma pauta presente há bastante tempo. A pesquisa também ressalta que o fácil acesso à informação, ampliado pelas plataformas digitais, favorece que a população encontre conteúdos que promovem a conscientização.

Entre os jovens vegetarianos, as mídias sociais são a principal fonte de informação (76,7%). Outras fontes com destaque são os profissionais de saúde (50%), sites de busca (41%) e canais do YouTube (37,7%).

Acesse a notícia completa na página da PUCRS.

Fonte: PUCRS.  Imagem: Freepik.

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