Notícia
Efeitos da vitamina B2 no tratamento de danos cerebrais causados pela privação de oxigênio
Vitamina B2 possui ação neuroprotetora, anti-inflamatória e antioxidante no sistema nervoso central
Fonte
UFPE | Universidade Federal de Pernambuco
Data
sábado, 6 janeiro 2024 11:55
Áreas
Biotecnologia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nutrição Clínica. Saúde Pública
Eulália Rebeca da Silva Araújo, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tem pesquisado sobre os efeitos da vitamina B2 (riboflavina) no tratamento de danos cerebrais causados pela privação de oxigênio. Parte dos estudos que tem realizado foi publicado na revista científica Nutritional Neuroscience.
“A privação de oxigênio no cérebro causa danos morfológicos envolvidos na formação de condições patológicas graves, como acidente vascular cerebral e paralisia cerebral. Os métodos terapêuticos para lesões pós-hipóxia/anoxia [insuficiência ou falta de oxigenação] são limitados e ainda apresentam deficiências em termos de segurança e eficácia”, destacou Eulália Araújo, no resumo do artigo, que contou com as contribuições do professor Dr. Raul Manhães de Castro (UFPE), da doutoranda Paula Brielle Pontes (UFPE), do professor Dr. Diego Bulcão Visco (Universidade Federal do Amapá), do professor Dr. Diego Cabral Lacerda (UFPE), do pós-doutorando Dr. Henrique José Cavalcanti Bezerra Gouveia (UFPE) e da professora Dra. Ana Elisa Toscano Meneses da Silva Castro (UFPE).
Feita a revisão integrativa e sistemática de 21 artigos sobre o tema, Eulália Araújo comentou as principais conclusões deste trabalho: “O tratamento preventivo ou posterior ao dano, com vitamina B2 isolada ou em composto, atua na recuperação da lesão hipóxica cerebral em diferentes fases da vida. A vitamina B2 possui ação neuroprotetora, anti-inflamatória e antioxidante no sistema nervoso central, proporcionando a reabilitação neuromotora e cognitiva após o dano”.
O artigo publicado pelo Nutritional Neuroscience foi elaborado com o intuito de reunir evidências sobre os efeitos da vitamina B2 no sistema nervoso central, que é um dos focos da dissertação à qual Eulália Araújo tem se dedicado com orientação do professor Dr.Raul Manhães e coorientação da professora Dra. Ana Elisa Toscano.
A defesa no mestrado está prevista para julho de 2024 e Eulália Araújo pretende continuar estudando sobre a lesão cerebral causada por hipóxia, pois planeja fazer o doutorado com um estudo sobre a paralisia cerebral.
“Desde a graduação em Nutrição, realizo investigações voltadas às neurociências. Meu interesse pela área iniciou-se no primeiro período da Universidade, quando a professora de bioquímica Paula Brielle apresentou à turma o seu trabalho de dissertação, orientado pelo professor Raul Manhães. Fiquei encantada pelo estudo e, então, comecei a me interessar pelo tema e pela área de pesquisa, na época com estudos voltados ao triptofano”, recordou a mestranda.
“Foi através de Paula que conheci o professor Raul, o qual me entregou a missão de descobrir uma dose eficiente e segura de vitamina B2 para futuros estudos com paralisia. Realizei meus experimentos do mestrado com foco nos efeitos dose-resposta da riboflavina sobre o desenvolvimento sensório-motor e somático e, atualmente, já temos quatro produções com ela: uma já publicada, que é este artigo de revisão, e outras três em andamento. Parte dos meus estudos do mestrado foram realizados no Centro de Investigações Biomédicas, no México, onde aprendi e apliquei a técnica de PCR-RT em amostras de cérebro de animais tratados com a vitamina B2”, completou Eulália Araújo.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da UFPE.
Fonte: UFPE. Imagem: Freepik com adaptações.
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