Notícia

Efeito de um composto natural sobre sintomas da depressão é tema da primeira dissertação de mestrado em Nutrição e Longevidade

Foram encontrados resultados satisfatórios em relação à coenzima Q10, à depressão e os parâmetros inflamatórios e oxidativos associados à sepse

Freepik, Pexels, arte

Fonte

Unifal | Universidade Federal de Alfenas

Data

sexta-feira, 18 novembro 2022 17:40

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

O Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Longevidade (PPGNL) da Unifal-MG teve a sua primeira defesa de dissertação com a apresentação do trabalho intitulado “A coenzima Q10 atenua o comportamento tipo-depressivo induzido por encefalopatia séptica e regula danos oxidativos e inflamatórios”, de autoria da acadêmica Flávia Reis Ferreira de Souza, sob orientação do professor Dr. Alexandre Giusti Paiva, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB).

A proposta da pesquisa foi avaliar o efeito do tratamento com um composto natural que possui ações antioxidantes e anti-inflamatórias, a coenzima Q10 sobre os sintomas semelhantes à depressão em animais sobreviventes a indução da encefalopatia associada à sepse. “Sabemos que é comum o desenvolvimento de depressão em pessoas sobreviventes à sepse, um caso grave e frequente em UTIs. Além disso, a depressão vem acometendo cada vez mais pessoas, em especial no período pós-pandemia, e é uma doença que impacta diretamente na longevidade das pessoas acometidas”, explicou a pesquisadora.

Segundo ela, os medicamentos utilizados no tratamento da depressão nem sempre são eficazes e podem demorar a fazer efeito. “Os medicamentos costumam possuir efeitos colaterais e podem possuir um alto custo financeiro. Frente a isso, objetivamos avaliar o efeito do tratamento com a coenzima Q10”, detalhou a pesquisadora.

Quando iniciou a fase dos experimentos, Flávia Souza passou a frequentar o laboratório da Unidade Santa Clara em Alfenas. “Tive muita ajuda e apoio de outros pós-graduandos e professores. Foi uma experiência nova, cheia de desafios e ao mesmo tempo muito enriquecedora”, afirma, enfatizando o apoio do professor e orientador Dr. Alexandre Giusti Paiva e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a aprovação pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA).

Para averiguar o efeito da administração da coenzima Q10, o primeiro passo foi induzir a sepse em ratos de cirurgia. Na sequência, a pesquisadora realizou testes experimentais, a fim de avaliar diferenças no comportamento semelhante à depressão após o tratamento com a coenzima Q10 e, na etapa seguinte, realizou avaliações bioquímicas.

“Conseguimos analisar o efeito da administração da coenzima Q10 através do comportamento dos animais, e através da interferência da coenzima Q10 sobre as vias de sinalização inflamatórias e oxidativas”, salientou Flávia Souza.

De acordo com a pesquisadora, foram encontrados resultados satisfatórios em relação à coenzima Q10, à depressão e os parâmetros inflamatórios e oxidativos associados à sepse. “Vimos que este composto pode ser uma boa estratégia terapêutica para comportamentos semelhantes à depressão nos animais, impactando significativamente sobre a longevidade dos mesmos”, argumentou a pesquisadora.

O papel da nutrição na prevalência e incidência dos transtornos mentais, em especial a depressão, foi destacado pela acadêmica como essencial para a longevidade da população, o que para ela comprova a relevância do estudo. “É importante utilizarmos a alimentação a nosso favor, entender quais alimentos podem nos beneficiar, quais nutrientes são necessários e quais suplementos são eficazes em condições específicas”, reforça, dizendo que somente assim conseguiremos ter uma alimentação mais saudável, prevenir e tratar doenças físicas e mentais, e ter uma vida longeva.

Acesse a notícia completa na página da Unifal.

Fonte: Ana Carolina Araújo, Unifal. Imagem: Freepik, Pexels, arte.

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