Notícia

Do cultivo em família, as raízes de uma cultura

Na contramão dos latifundiários, a agricultura familiar tem como objetivo o uso da terra de maneira integrada e sustentável.

Cícero Oliveira, UFRN

Fonte

UFRN |Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

terça-feira, 26 junho 2018 12:00

Áreas

Agricultura

Atuando na contramão dos latifundiários, a agricultura familiar tem como objetivo o uso da terra de maneira integrada e sustentável, com o homem respeitando a natureza, diversificando a produção e não utilizando agrotóxico. Nesse contexto laboral e produtivo, a estudante do curso de Graduação Tecnológica em Gestão de Cooperativas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Marciele da Silva Dionízio, de 20 anos de idade, vive e trabalha com os pais e seis irmãos na produção de castanhas de caju, no Assentamento Rural Boa Sorte, localizado em João Câmara, na microrregião da Baixa Verde. Eles compram a oleaginosa crua, assam, descascam e vendem para comerciantes ao valor de R$ 40 o saco, ou cerca de R$35 reais pelo quilo. O valor final depende do preço de compra da castanha in natura.

Segundo a agricultora, sua família deu início à produção nesse ramo porque não encontrava outra forma de sustento. “Começamos a trabalhar com castanha porque já não tínhamos soluções para nos alimentarmos. Meu cunhado já trabalhava com isso e começamos a tentar também, para pelo menos poder comprar nosso próprio alimento. Hoje a castanha é o nosso meio de sobrevivência”, lembra Marciele. Na comunidade em que ela vive, há 51 famílias que também cultivam frutas e verduras, vendidas na feira de hortaliças orgânicas. O excedente é doado para os vizinhos.

A presidente do Assentamento Boa Sorte, Marlene Ezequiel das Neves, conta que o espaço é uma forma de unir as pessoas e de ter um local para viver do próprio trabalho. Ao comparar o passado e o presente, ela relata que morava em uma casa de taipa e atualmente vive em uma habitação de tijolo com os filhos. A respeito das dificuldades do trabalho com a agricultura familiar, as vizinhas concordam que o período da seca é o principal problema, pois o fenômeno provoca o êxodo rural, levando os jovens a procurar trabalho nos centros urbanos. Sem qualificação específica para os empregos “da cidade”, acabam passando necessidade e dependendo de auxílios do governo.

O curso de Gestão de Cooperativas é voltado para o seguimento que atua na reforma agrária, como assentados rurais e remanescentes quilombolas, com o propósito de formar jovens e adultos no nível de graduação tecnológica, a qual é ofertada pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e, na UFRN, está vinculada ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), sob a gestão do Departamento de Ciências Administrativas (Depad).

A faculdade é presencial e se baseia na “Pedagogia de Alternância”, ou seja, os alunos têm uma carga horária em sala de aula e cerca de 20% acontece no campo. Assim, permite uma qualificação na qual conhecimentos construídos pela vivência dos participantes são pontos principais. O curso funciona no Centro de Treinamento do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte/RN (Centern- Emater), no município de São José do Mipibu, onde os estudantes têm direito a alojamento, alimentação e transporte, custeados pelo Incra.

Acesse a notícia completa na página da UFRN

Fonte: Williane Silva de ASCOM-Reitoria/UFRN. Imagem: Cícero Oliveira, UFRN

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