Notícia

Do alto dos Andes para as regiões tropicais do Brasil: estudo avalia produtividade da fruta physalis

Estudo confirma que a physalis, essa fruta de cor laranja, é uma opção lucrativa para a diversificação de plantações em regiões tropicais do Brasil

Wikimedia Commons

Fonte

UFLA | Universidade Federal de Lavras

Data

terça-feira, 9 janeiro 2024 16:40

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Ciências Agrárias

Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e do Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado), em Goiás, realizaram um estudo para avaliar, em regiões tropicais no Brasil, o desempenho agronômico dessa fruta típica de países Andinos. Os resultados evidenciaram que a espécie P. angulata é a mais adequada para plantios que objetivam frutas para o consumo in natura, graças ao seu sabor mais doce. E a P. ixocarpa, usada como ingrediente em molhos, geleias e sorvetes, é indicada para plantios que visam a um maior volume de colheita.

O estudo confirma que essa fruta de cor laranja é uma opção lucrativa para a diversificação de plantações em regiões tropicais do Brasil. Os motivos? O gasto de implantação é baixo, especialmente quando comparado ao cultivo de uvas ou morangos. A colheita é rápida, ocorrendo apenas 4 a 5 meses após a semeadura. E suas características nutracêuticas podem ser utilizadas tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças.

Em 2022, foram plantadas, com sementes disponibilizadas pelos pesquisadores da UFLA, duzentas árvores de cinco espécies de physalis em um campo experimental da UniCerrado. Acompanhando a evolução do cultivo, os pesquisadores registraram, com uma balança digital, a massa fresca dos frutos; com um paquímetro digital, o comprimento e o diâmetro deles; e com um refratômetro, a quantidade de açúcares (Brix). As espécies de physalis avaliadas nesse estudo foram: a P. peruviana, a P. ixocarpa, a P. minima, a P. pubescens, a P. angulata.

Os dados evidenciaram que, em comparação com as demais, a espécie P. ixocarpa apresentou superioridade média em comprimento (27,29 mm), diâmetro (24,62 mm), massa fresca (0,47 kg) e produtividade estimada (3,14 t.ha-1). A espécie P. angulata também se destacou, apresentando frutos com maior teor de açúcares (Brix). Apesar de os frutos de P. minima serem bastante pequenos em comprimento (06,98 mm) e diâmetro (06,42 mm), foi a espécie que apresentou o maior número de frutos por planta (68,80).

Essas informações são fundamentais para estabelecer novos cultivos e para o estudo da viabilidade econômica do plantio dessa cultura em regiões tropicais no Brasil. O pesquisador Dr. Pedro Peche, do Departamento de Agricultura (DAG) da UFLA e um dos autores desse trabalho, destacou que, em nível nacional, os materiais científicos sobre physalis são iniciais. “Portanto, este trabalho poderá servir de base para futuras pesquisas no campo da agricultura de physalis”, avaliou o pesquisador.

Os autores desta pesquisa são Daniel Henrique Ferreira da Cunha e Dr. Givago Coutinho, ambos professores da UniCerrado, juntamente com Dr. Paulo Henrique Sales Guimarães, professor do Departamento de Estatística (DES) da UFLA, e Pedro Maranha Peche, professor do DAG da mesma Instituição. A frutífera vem sendo estudada na UFLA desde 2010, pelo grupo de pesquisa liderado pelo professor Rafael Pio do DAG.

Acesse a notícia completa na página da UFLA.

Fonte: Pedro Henrique Cardoso, Portal da Ciência – Universidade Federal de Lavras.  Imagem: Wikimedia Commons

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