Notícia

Diferentes variedades de quinoa desenvolvem diferentes estratégias para lidar com a seca

Resultados de pesquisa facilitarão a seleção das melhores variedades de quinoa que podem ser cultivadas em áreas de sequeiro

Christian Guthier, via Wikimedia Commons

Fonte

Universidade Autônoma de Madri

Data

terça-feira, 8 novembro 2022 06:05

Áreas

Agricultura. Agronomia. Biotecnologia. Ciências Agrárias. Sustentabilidade

Pesquisadores da Universidade Autônoma de Madri (UAM) analisaram as alterações morfológicas, fenológicas e fisiológicas de diferentes variedades de quinoa submetidas a condições de estresse hídrico prolongado. Os resultados, publicados na revista científica Environmental and Experimental Botany, facilitarão a seleção das melhores variedades de quinoa que podem ser cultivadas em áreas de sequeiro.

O aumento da população nas últimas décadas, bem como a limitação de terras aptas para a agricultura e água para atividades agrícolas, tornou necessária a busca de culturas alternativas que contribuam para a diversificação da agricultura e segurança alimentar.

Uma dessas possíveis culturas alternativas com capacidade produtiva na Espanha é a quinoa (Chenopodium quinoa), uma cultura nativa da América do Sul que se tornou muito popular nos últimos anos graças ao seu alto valor nutricional e à sua enorme variabilidade genética, que permite selecionar diferentes variedades com o objetivo de adaptá-las a novas áreas de cultivo com características específicas.

Com o objetivo de avaliar a tolerância ao estresse hídrico prolongado, pesquisadores da Universidade Autônoma de Madri (UAM) imitaram em estufa as condições da agricultura de sequeiro  para avaliar a resposta de quatro variedades de quinoa (F14, F15, F16 e Titicaca).

Por meio da medição e avaliação de diferentes parâmetros fisiológicos, fenológicos e morfológicos, os pesquisadores propuseram uma classificação genótipo-dependente na qual se estabeleceu quais características conferem tolerância ao estresse hídrico na quinoa. Assim, conseguiram estabelecer e classificar as variedades analisadas em dois grupos: um de genótipos tolerantes ao estresse hídrico e outro de genótipos sensíveis a esse estresse.

“Observamos que variedades como a F16 apresentaram melhor adaptação às condições de seca, incluindo manutenção da produtividade sob estresse e menor necessidade hídrica em relação ao restante das variedades, tanto em condições de controle quanto em condições de seca”, explicaram os pesquisadores.

“Esta maior tolerância – eles detalham – estava relacionada a uma redução da transpiração em condições de estresse hídrico e uma desfoliação das folhas da parte inferior da planta, o que permitiu uma otimização no uso da água, sem afetar a atividade fotossintética, que se manteve nos mesmos níveis das condições de controle.

Os resultados, publicados na Environmental and Experimental Botany, contribuem para ampliar o conhecimento das respostas da quinoa ao estresse hídrico, destacando as diferenças dependentes do genótipo com o objetivo de permitir uma melhor seleção de variedades adaptadas às condições de cultivo seco, de especial interesse para agricultura na bacia do Mediterrâneo.

O trabalho foi realizado pelos pesquisadores Maestro-Gaitán, S.Granado-Rodríguez, M.I.Orús, J.Matías, V.Cruz, L.Bolaños, M.Reguera. Pesquisadores da Unidade de Fisiologia Vegetal do Departamento de Biologia da Universidade Autônoma de Madri (UAM), juntamente com pesquisadores do Centro de Investigação Científica e Tecnológica da Extremadura (CICYTEX).

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Autônoma de Madri (em espanhol).

Fonte: Universidade Autônoma de Madri. Imagem: Christian Guthier, via Wikimedia Commons.

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