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Dietas MIND e mediterrânea podem estar associadas ao início tardio da doença de Parkinson

Fonte

UBC | Universidade da Colúmbia Britânica

Data

sábado, 16 janeiro 2021 14:15

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional. Saúde Pública

Um novo estudo da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), no Canadá, sugere uma forte correlação entre seguir as dietas MIND e mediterrânea e o aparecimento posterior da doença de Parkinson (DP).

Embora os pesquisadores já conheçam os efeitos neuroprotetores da dieta MIND para doenças como Alzheimer e demência, este estudo é o primeiro a sugerir uma ligação entre esta dieta e a saúde do cérebro para a doença de Parkinson (DP). A dieta MIND combina aspectos de duas dietas muito populares, a dieta mediterrânea e a dieta de Abordagens Dietéticas para Parar a Hipertensão (DASH).

“O estudo mostra que os indivíduos com doença de Parkinson têm uma idade de início significativamente posterior se seu padrão alimentar estiver de acordo com a dieta do tipo mediterrâneo. A diferença mostrada no estudo foi até 17 anos depois nas mulheres e oito anos depois nos homens. Há uma falta de medicamentos para prevenir ou retardar a doença de Parkinson, mas estamos otimistas de que esta nova evidência sugere que a nutrição pode retardar o início da doença”, disse a Dra. Silke Appel-Cresswell do Pacific Parkinson’s Research Center, da Divisão de Neurologia da Faculdade de Medicina da UBC.

Pesquisadores em estudo com 176 participantes analisaram a adesão a esses tipos de dietas, caracterizadas por ingestão reduzida de carne e foco em vegetais, frutas, grãos inteiros e gorduras saudáveis, e a idade de início da DP. Eles descobriram que a adesão rigorosa a essas dietas coincidiu com o início tardio da DP em até 17,4 anos nas mulheres e até 8,4 anos nos homens.

A dieta MIND mostrou um impacto mais significativo na saúde das mulheres, enquanto a dieta mediterrânea nos homens. As diferenças entre essas duas dietas são sutis, mas podem servir como pistas para os impactos que alimentos e micronutrientes específicos podem ter na saúde do cérebro.

Os diferentes efeitos da adesão à dieta entre os sexos são notáveis, pois aproximadamente 60% das pessoas com diagnóstico de doença de Parkinson são homens.

“Se entendermos as diferenças que ocorre entre os sexos em relação a dieta MIND e a dieta mediterrânea , poderemos entender melhor as diferenças sexuais que impulsionam a doença de Parkinson em primeiro lugar”, disse o pesquisador principal Avril Metcalfe-Roach, estudante de doutorado nos Laboratórios Michael Smith da UBC.

Essas descobertas abrem caminho para outras questões de pesquisa que podem ter impactos significativos na compreensão da doença de Parkinson.

“Ele mostra a conexão entre o intestino e o cérebro para esta doença. Também mostra que não é apenas uma doença que a alimentação saudável pode afetar, mas várias dessas doenças cognitivas”, disse o Dr. Brett Finlay, professor da UBC.

A equipe de pesquisa planeja examinar mais profundamente a conexão potencial entre o microbioma e seu efeito no cérebro.

“Há muitos benefícios em uma alimentação saudável. É do interesse de todos tentar manter o seu microbioma saudável, tentar comer uma rica variedade de alimentos vegetais e outros saudáveis. Este estudo fornece ainda mais evidências para o que já sabemos – que devemos tentar ter uma alimentação saudável e cuidar de nós mesmos” disse Metcalfe-Roach.

Acesse a notícia na página da Universidade da Colúmbia Britânica (em inglês).

Fonte: Sachintha Wickramasinghe, UBC.  Imagem: Unsplash.

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