Notícia

Dieta e exercício para mães obesas podem reduzir o risco cardiovascular em crianças

Fonte

King's College London

Data

terça-feira, 9 julho 2024 10:45

Áreas

Nutrição Materno Infantil. Saúde Pública

Pesquisadores da King’s College London identificaram evidências que sugerem que mudanças no estilo de vida poderiam compensar o risco de alguns distúrbios cardíacos em adultos que resultam da obesidade materna e de alterações no desenvolvimento cardíaco fetal.

As taxas de obesidade durante a gravidez estão aumentando a nível mundial, com mais de 50% das mulheres que frequentam clínicas pré-natais em Inglaterra e no País de Gales sendo classificadas como tendo excesso de peso (28,5%) ou obesidade (22,7%).

Revisões recentes mostraram que a obesidade materna pode levar a complicações para a saúde cardiovascular e ao desenvolvimento anormal do coração em crianças.

Publicado recentemente na revista científica International Journal of Obesity, pesquisadores liderados pelo Dr. Samuel Burden realizaram uma revisão sistemática dos dados existentes de estudos que investigaram se as intervenções no estilo de vida na obesidade materna, antes ou durante a gravidez, resultam em corações mais saudáveis ​​nas crianças.

A equipe identificou estudos baseados em critérios pré-determinados e incluiu ensaios randomizados de intervenções no estilo de vida em mulheres grávidas com obesidade, como exercícios pré-natais, dieta e atividade física.

Os estudos examinados sugerem que intervenções no estilo de vida em mulheres com obesidade podem prevenir o “desenvolvimento” anormal do coração nas crianças. Isto inclui benefícios que estão normalmente associados a uma melhor saúde cardíaca, como redução do espessamento das paredes do coração, peso cardíaco normal e menor risco de frequências cardíacas elevadas.

“Nós e outros demonstramos que a obesidade materna está associada a marcadores de desenvolvimento cardíaco prejudicial em crianças. Revisamos a literatura existente sobre se as intervenções dietéticas e de exercícios em mulheres com obesidade, antes ou durante a gravidez, podem reduzir o impacto desta situação e encontramos evidências de que essas intervenções realmente protegem contra o grau de desenvolvimento cardíaco prejudicial em seus filhos. Se estes resultados persistirem até à idade adulta, então estas intervenções poderão incorrer em proteção contra os resultados cardiovasculares adversos experimentados pelos descendentes adultos de mulheres com obesidade e informar estratégias de saúde pública para melhorar a saúde cardiovascular da próxima geração”, disse o Dr. Samuel Burden, pesquisador associado, Departamento de Saúde Feminina e Infantil.

Embora existam evidências que sugerem que intervenções no estilo de vida em mulheres com obesidade podem proteger contra o risco cardiovascular em bebês, são necessários mais estudos longitudinais com amostras maiores e em crianças mais velhas para confirmar estas observações e determinar se estas alterações persistem até à idade adulta.

Se confirmados em estudos futuros, os autores sugerem que estas descobertas ajudarão a informar estratégias de saúde pública para melhorar a saúde cardiovascular da próxima geração.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do King’s College London (em inglês).

Fonte: Dr Samuel Burden, King’s College London.  Imagem: Freepik.

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