Notícia

Desafio milenar para a dieta mediterrânea

Fonte

Universidade de Queesland

Data

segunda-feira, 24 julho 2017 15:14

Áreas

Dietética. Saúde Pública

“Os jovens na região do Mediterrâneo têm consumido alimentos e carnes mais processados, de estilo ocidental do que as gerações mais antigas”, disse o professor Dr. Serra-Majem, também da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria.

No entanto, ele disse que as atuais tendências alimentares, baseadas em produtos integrais e vegetais, tornando-se cada vez mais populares entre os jovens e refletem os alicerces da dieta mediterrânea, que é considerada como o padrão alimentar mais saudável e sustentável do mundo.

“As pessoas na região do Mediterrâneo estão, cada vez mais, reconhecendo que sua herança alimentar foi acumulada ao longo de milênios, transmitida de geração em geração, e que é um pilar intangível de sua identidade”, disse ele.

“As pessoas na região do Mediterrâneo estão, cada vez mais, reconhecendo que sua herança alimentar foi acumulada ao longo de milênios, transmitida de geração em geração, e que é um pilar intangível de sua identidade”

A dieta mediterrânea incentiva a ingestão de vegetais, frutas, nozes, sementes, legumes, batatas, grãos integrais, pães, ervas, especiarias, peixes, frutos do mar e azeite extra virgem. As aves, os ovos, o queijo e o iogurte são consumidos com moderação, enquanto a carne vermelha raramente é consumida.

O professor Dr. Serra-Majem, consumidor da dieta mediterrânea desde que estava na barriga da sua mãe, começou a pesquisar a dieta no final da década de 1980.

“Eu estava analisando as tendências da ingestão de gordura nos países mediterrâneos e ficava extremamente preocupado como as” restrições de gordura “aprovadas pela Organização Mundial de Saúde e outras organizações, o que poderia ser prejudicial para o azeite da dieta mediterrânea”, disse o professor Dr. Serra-Majem.

“A ciência por trás da dieta agora é muito forte, com grandes estudos de coorte e ensaios clínicos randomizados, como os estudos Predimed e Predimed Plus”.

Segundo o professor, os principais benefícios da dieta para a saúde foram uma maior proteção contra doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e câncer (particularmente câncer de mama e cólon), declínio cognitivo, depressão, doenças alérgicas e respiratórias e doenças ósseas.

O professor Dr. Serra-Majem disse que a Fundação Internacional da Dieta Mediterrânea estava trabalhando com agências internacionais para incluir a dieta mediterrânea em seus programas.

Ele disse que a pesquisa realizada na Austrália e na Ásia apoiou os benefícios da dieta mediterrânea.

“Pretendemos construir um cenário mundial onde ambiente e cultura, devem ser considerados determinantes fortes da sustentabilidade da dieta mediterrânea”, afirmou.

“A Austrália é um grande continente, em algumas partes, com um clima mediterrâneo e uma população cada vez mais interessada nos benefícios para a saúde da dieta, enquanto na China tudo é possível”, disse o professor Serra-Majem.

Ele disse que a dieta mediterrânea tinha uma pegada de carbono menor do que uma dieta ocidental, o que pode ser um fator importante para a mitigação da mudança climática.

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