Notícia

Consumo de Natto, tradicional prato japonês feito de soja fermentada, pode inibir a arteriosclerose

Ingestão de natto alterou a composição da microflora intestinal, regulando a produção de citocinas e quimiocinas associadas à arteriosclerose

Wikimedia Commons

Fonte

Universidade de Tsukuba

Data

quarta-feira, 20 dezembro 2023 16:50

Áreas

Biotecnologia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos. Gastronomia. Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

Natto é amplamente reconhecido por inibir a arteriosclerose, mas o seu mecanismo subjacente permanece indefinido. Pesquisadores liderados pela Universidade de Tsukuba estudaram os efeitos do natto na arteriosclerose em camundongos. As descobertas, publicadas na revista científica Scientific Reports, mostraram que o consumo de natto induziu alterações na microflora intestinal, suprimindo a inflamação e prevenindo a arteriosclerose.

A aterosclerose, uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo de lípidos e células inflamatórias nas paredes dos vasos sanguíneos, causa doenças cardiovasculares, como doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais. Natto, um alimento rico em vitamina K2, tem se mostrado promissor na mitigação de doenças cardiovasculares, aumentando a flexibilidade arterial e modulando as respostas inflamatórias. No entanto, a razão pela qual o natto suprime a arteriosclerose permanece indefinida.

Este estudo empregou três variedades de natto distinguidas pelo seu teor de vitamina K2 – ou seja, natto com alto teor de vitamina K2, normal e com baixo teor de vitamina K2.

A equipe de pesquisa avaliou sistematicamente o impacto do natto na aterosclerose em um modelo de camundongo ao longo do tempo. As descobertas revelaram uma redução significativa nas lesões ateroscleróticas em todos os grupos de consumo de natto. Além disso, a ingestão de natto alterou a composição da microflora intestinal, regulando a produção de citocinas e quimiocinas associadas à arteriosclerose.

Isto sugere que a incorporação do natto na dieta pode ter um efeito terapêutico na arteriosclerose. Além disso, o estudo revelou que a adição de Bacillus subtilis natto aos macrófagos, um tipo de célula implicado na promoção da arteriosclerose, diminuiu as citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias. O efeito foi particularmente significativo no grupo com alto consumo de vitamina K2 natto. Além disso, tanto o natto com vitamina K2 normal quanto a com  baixo teor de vitamina K2 aumentaram a produção da citocina antiinflamatória IL-10.

Estas descobertas indicam que Bacillus subtilis natto, além de seu papel como bactéria intestinal, pode inibir a aterosclerose alterando a microflora intestinal e suprimindo a ativação de células imunológicas.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Tsukuba (em inglês).

Fonte: Universidade de Tsukuba. Imagem: Wikimedia Commons.

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