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Conselho Federal de Medicina publica guia com capítulo de suplementos alimentares e produtos naturais
Guia elaborado por entidades médicas e esportivas ajuda a prevenir casos de doping e tem capítulo sobre suplementos alimentares e produtos naturais
Divulgação
Os médicos e atletas brasileiros podem contar a partir desta sexta-feira (11/05) com um guia prático, com orientações objetivas, sobre os riscos do doping causado pelo uso de medicamentos e suplementos. O documento de 72 páginas foi produzido pela Câmara Técnica de Medicina do Esporte do Conselho Federal de Medicina (CFM) e contou com a contribuição de especialistas da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBMEE), do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).
Além do lançamento do guia, que acontece hoje durante o IV Fórum de Medicina do Esporte, o Conselho Federal de Medicina e as outras entidades devem anunciar ainda um esforço conjunto para combater o doping. A intenção é conscientizar de um lado os competidores sobre os riscos do uso inadvertido de fórmulas e os médicos e os profissionais da saúde sobre os efeitos que determinados medicamentos podem gerar. Para o presidente do CFM, Carlos Vital, a expectativa é criar uma rede colaborativa de ética e boas práticas esportivas.
“Esperamos que essa cartilha sirva de apoio não só para os profissionais especializados no tema, mas para todos os interessados. Certamente será um subsídio importante, principalmente para o médico assistente de atletas e de praticantes de exercícios físicos, além dos próprios esportistas e suas equipes de apoio”, afirmou.
Lacuna – O trabalho, que será encaminhado a todos os médicos brasileiros, em especial aqueles que atuam em áreas como ortopedia, traumatologia, cardiologia e endocrinologia, preenche uma importante lacuna. O texto traz informações sobre substâncias consideradas válidas, mas com consumo não liberado entre competidores por interferirem em seu desempenho e por provocarem ganho de força, velocidade ou resistência.
Os atletas profissionais ou de alta performance de todas as modalidades são os mais vulneráveis pela ingestão indevida desses produtos, pois são rotineiramente submetidos a testes de doping. Contudo, os praticantes de atividade física amadores também podem ser prejudicados, com o aumento do rigor na fiscalização de provas específicas para esse grupo. De acordo com Hésojy Gley Pereira Vital da Silva, do CPB e responsável pela elaboração do documento, a tendência é que as análises para identificar casos de dopagem passem ser comuns em eventos não profissionais.
Situação do Brasil – Segundo a ABCD, o doping é caracterizado pela utilização de substâncias ou métodos proibidos capazes de promover alterações físicas ou psíquicas que melhoram artificialmente o desempenho esportivo do atleta. No Brasil, o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem, criado em 2016, já puniu cerca de 30 atletas pelo uso de substâncias proibidas – alguns casos estão em grau de recurso. Ao todo, aproximadamente 70 processos tramitam na Corte.
Já o relatório mais recente publicado pela WADA (sigla em inglês da Agência Mundial Antidoping), também de 2016, dentre os 34 laboratórios certificados pela entidade espalhados em 29 países pelo mundo, o Brasil possui a 10ª menor média de Resultados Analíticos Adversos (AAF, na sigla em inglês), que são os casos onde foram identificadas substâncias proibidas nos exames de doping.
Acesse a notícia completa na página do Conselho Federal de Medicina.
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Fonte: Conselho Federal de Medicina. Imagem: Divulgação
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