Notícia

Compostos marinhos podem ser úteis no tratamento da obesidade

Muitos organismos marinhos como as algas ou as cianobactérias são conhecidos por produzir substâncias que podem servir como fonte de compostos para tratamento de doenças humanas

Pixabay

Fonte

Universidade do Porto

Data

segunda-feira, 22 abril 2019 12:00

Áreas

Ciência e Tecnologia de Alimentos . Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional

Artigo científico publicado no âmbito do projeto CYANOBESITY pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR-UP) revela metabolitos de cianobactérias marinhas com potencial para tratamento da obesidade e outras doenças relacionadas com o metabolismo de lípidos.

Muitos organismos marinhos como as algas ou as cianobactérias são conhecidos por produzir substâncias que podem servir como fonte de compostos para tratamento de doenças humanas. Com o objetivo de identificar compostos derivados de cianobactérias marinhas com atividade na redução de lípidos neutros, a equipe liderada pelo Dr.  Ralph Urbatzka, pesquisador do CIIMAR, acaba de publicar um trabalho na revista científica Marine Drugs onde revela compostos que podem ser úteis no tratamento da obesidade ou doenças relacionadas.

O trabalho, que envolveu outros investigadores do grupo dedicado à ecotoxicologia e biotecnologia azul do CIIMAR (BBE, Blue Biotechnology and Ecotoxicology Group), foi realizado no âmbito do projeto CYANOBESITY, deticado à detecção de compostos bioativos com efeitos sobre a obesidade e outras morbidades associadas à obesidade.

No estudo foram identificados dois derivados da clorofila nas cianobactérias marinhas que mostraram ter capacidade de reduzir os lípidos neutros, como é o caso dos triglicéridos. Um desses compostos, o hydroxy-pheophytin a, já é conhecido da comunidade científica, enquanto que o outro, o hydroxy-pheofarnesin a, demonstrou ser um composto completamente novo.

Neste estudo inovador, foi testada e comprovada a capacidade de ambos compostos para a redução dos lípidos neutros em larvas de peixe-zebra demonstrando efeitos em todo o organismo e sem toxicidade detetada nas doses administradas. Para além, confirmou-se a actividade em adipócitos de ratinhos.

“Nestes bioensaios, as cianobactérias foram rastreadas quanto a propriedades benéficas para obesidade. As larvas de peixe-zebra permitem analisar os efeitos benéficos modelando a complexidade de um organismo inteiro e ao mesmo tempo dar indicações sobre a toxicidade”, refere Ralph Urbatzka, investigador no CIIMAR e coordenador do projeto.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Eunice Sousa,  CIIMAR.  Imagem: Pixabay.

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